OBJETIVOS: Perceber a diferença entre Espiritismo Experimental e Espiritismo Filosófico (Ciência e Religião); Identificar o Livro dos Médiuns como sendo um guia para os médiuns e evocadores; Reconhecer que a prática do Espiritismo pode apresentar dificuldades e tropeços, e que no Livro dos Médiuns há as explicações necessárias para que o médium se esclareça.
SENSIBILIZAÇÃO: Converse com as crianças que esse ano elas irão estudar “coisas” novas sobre o Espiritismo, e que essas “coisas” novas estão no “O Livro dos Médiuns”. Mostre a elas um exemplar de “O Livro dos Médiuns” e pergunte:
(Dentro do que vai ser exposto, podemos trazer gravuras de livros que ilustrem essas informações)
- Vocês já ouviram falar na “brincadeira do copo”?
- O que vocês acham que acontece? Vocês saberiam explicar?
- O que é mediunidade? A mediunidade sempre existiu no mundo?
A capacidade de receber influência dos espíritos desencarnados é inerente a todos os seres humanos. Essa influência tem variações e, quando chega a um nível de receber uma comunicação dá-se o nome de mediunidade. Esse intercâmbio entre “vivos e mortos” é conhecido na Terra desde muito tempo, mas o fenômeno era realizado às ocultas, envolto em mistério e superstição.
- Como eram consideradas as pessoas que realizavam esse intercâmbio mediúnico?
As pessoas que realizavam essa prática eram olhadas com desconfiança e medo, chamadas de adivinhos, bruxos, magos, feiticeiros.
Moisés há muito tempo atrás, proibiu o intercâmbio mediúnico por causa dos abusos das pessoas, que consultavam os espíritos por motivos fúteis e, para a solução de problemas materiais.
Ao lado da proibição e perseguição contra os médiuns, a mediunidade ganhou posição de destaque e respeito entre os judeus, quando eram pessoas dedicadas à religião (chamadas de profetas). Os profetas eram considerados missionários por trazerem novos ensinos, para esclarecimento espiritual. Alguns profetas anunciaram, com séculos de antecedência, a vinda de Jesus.
- Vocês já ouviram falar de Paulo de Tarso, apóstolo do Cristo?
No tempo dos cristãos o intercâmbio com o Mundo Espiritual era intenso e natural, a ponto de o apóstolo Paulo falar de vários tipos de mediunidade, a que ele chama dons e de recomendar o seu desenvolvimento: “Segui a caridade, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar” (1Co, 14:1). Tantas são as informações e recomendações de Paulo, que se poderia dizer que o primeiro “livro dos médiuns” está na primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
- Mas, o tempo passou e a mediunidade voltou a ser vista como obra de feitiçaria. Por que?
Com o passar dos séculos, o exercício do profetismo deixou de ser uma prática religiosa olhada como atividade edificante. Ao contrário, aqueles que a praticavam voltaram a ser chamados de adivinhos, bruxos, feiticeiros, como nos tempos anteriores ao Cristianismo. Foram séculos de sofrimento por aqueles que ousaram exercer a atividade mediúnica recomendada pelo apóstolo Paulo.
A mediunidade ficou assim, exercida às ocultas, até meados do século XIX, quando a manifestação mediúnica surge intensamente em muitos países, principalmente na França.
- Há muitos anos atrás alguns fenômenos começaram a acontecer, e que chamaram a atenção das pessoas para a existência do Mundo Espiritual. Vocês sabem que fenômenos eram esses?
Em 1855, o Professor Hippolyte Léon Denizard Rivail foi convidado a observar esses fenômenos que atraíam muitas pessoas, o fenômeno conhecido com as mesas girantes (obs.: mais adiante estudaremos com detalhes)
A partir daí, começou uma pesquisa sem precedentes, que resultou na publicação de “O Livro dos Espíritos” (1857) e de “O Livro dos Médiuns” (1861), esta a primeira obra a abordar o assunto mediunidade com rigor científico, sem os prejuízos do fanatismo, do encantamento, das ideias preconcebidas. Publicou-as com o pseudônimo de Allan Kardec.
A pesquisa científica permitiu se comprovasse a veracidade dos fenômenos de intervenção dos Espíritos e de sua comunicação com as criaturas humanas. A imortalidade da alma, até então aceita apenas como ponto de fé religiosa, passou para o terreno da pesquisa científica. O Espiritismo contribuiu na evolução do pensamento religioso da Humanidade, fazendo a aproximação das duas verdades, a religiosa da científica. Essas verdades sempre se opuseram uma à outra, a religião presa no campo místico da fé, e a ciência presa no materialismo.
- Mas, será que só porque nós sabemos da imortalidade da alma, podemos sair por aí evocando os Espíritos?
Através da própria mediunidade, vieram as diretrizes éticas e morais para o seu exercício. A primeira recomendação é: “Dai de graça, o que de graça recebestes.” (Mt 10:8). Ensinam os Espíritos que o único interesse que deve mover o médium é o de servir em nome do bem, de forma inteiramente gratuita, como serviam os primeiros cristãos.
- O que poderá nos acontecer se ficarmos brincando com os Espíritos?
Alertam também os Espíritos que o médium estará ligado aos Espíritos mais elevados ou menos elevados, de acordo com a sua conduta pessoal, mais ou menos afinada com as verdades do Evangelho de Jesus.
- Com que finalidade Deus nos dá o dom da mediunidade?
O Professor Rivail percebeu a imensa tarefa que teria a mediunidade a desempenhar no mundo do futuro, por isso estudou o assunto a fundo, discutiu-o com os Espíritos e deixou-nos um manual seguro para o exercício mediúnico, “O Livro dos Médiuns”. A mediunidade nos foi outorgada como alavanca de progresso, individual e geral.
CONCLUSÃO: Concluir com as crianças que a mediunidade é uma faculdade inerente ao ser humano e que o médium é intermediário entre o mundo espiritual e o mundo material. Reconhecer Allan Kardec como o grande missionário, enviado por Deus para nos trazer a Doutrina dos Espíritos, o consolador prometido por Jesus.
ATIVIDADE: Montar um acróstico (anexo exemplos) com o nome do livro em estudo: “O Livro dos Médiuns”, naturalmente com palavras pertinentes aos assuntos abordados em sala de aula.
ANEXO:
Alice Lirio
1 comentários:
Parabeeeeeéns! Continue assim que seus caminhos brilharão cada fez mais! Gratidão!
Postar um comentário