Maledicência (fofoca)

Prece inicial:
Primeiro momento - contar a história A fofoqueira.
Segundo momento: conversar com os evangelizandos sobre a história e os seus personagens. Explicar sobre as conseqüências de fazer fofoca; pessoas que falam mal das outras são inseguras, não tem amigos e as pessoas não acreditam nelas; falar mal é ser desonesto, é mentir; fazer fofoca não é uma atitude inteligente.
Terceiro momento: perguntar/explicar:
* Qual deve ser nossa atitude quando alguém faz fofoca? Silenciar, não incentivar, não puxar o assunto (fofoca), não passar adiante, mudar de assunto. Sabemos, que às vezes, é difícil não comentar determinados acontecimentos infelizes, mas devemos nos esforçar e estar sempre vigilantes para melhorar nossas atitudes diante das fofocas.
Quanto antes começar o nosso esforço, mais fácil e rápido atingiremos o nosso objetivo: tratar o nosso próximo da mesma maneira que gostaríamos de ser tratados se estivéssemos na mesma situação.
Mudar de assunto, com delicadeza, é sempre uma atitude inteligente. Podemos falar do último filme interessante que passou no cinema, algo engraçado que aconteceu em nossa aula, algum brinquedo ou roupa nova que compramos ou ganhamos, o livro que estamos lendo ou querendo ler e assim muitos outros assuntos agradáveis.
Quarto momento: lembrar que quando falamos algo de alguém, nossas palavras devem primeiro passar pelas três peneiras (fazer plaquinhas coloridas com as palavras).
a) Verdade: é realmente verdade o que você vai contar (falar)?
b) Utilidade: tem alguma utilidade o que vai contar (falar)?
c) Bondade: é bom o que você vai contar (falar)? Está agindo com bondade para com as pessoas envolvidas com os fatos?
Se o que vamos contar não sabemos, realmente, se é verdadeiro, não trará utilidade e nem agiremos com bondade, estão não percamos nosso tempo com assuntos que não nos ajudam a crescer espiritualmente.
Quinto momento: explicar o que são qualidades (coisas boas), e que quando pensamos algo de alguém, devemos nos fixar nas qualidades. Fazer uma lista no quadro com qualidades que as pessoas têm. Ex.: amigo, legal, inteligente, estudioso, bondoso, caridoso, atencioso...
Sexto momento - atividade 1: colar, com durex, nas costas de cada criança, uma folha de ofício com a inscrição: EU SOU. Colocar uma música e solicitar que eles escrevam no papel colado nas costas de cada colega as qualidades que ele têm. Ao final, cada um deve ler as suas qualidades e colar no caderno.

A fofoqueira

Carlinhos, que estava de aniversário, resolveu convidar alguns amigos e colegas para uma festinha. Convidou também Chiquinha, que estava morando no mesmo bairro há poucos dias.
Como fazia calor, a festa estava acontecendo no pátio, que era um lugar muito agradável, com muita sombra e flores. Conforme passava o tempo, Chiquinha parecia sentir-se em sua própria casa, muito à vontade, pois Carlinhos já a havia apresentado a todos seus amigos.
Chegando perto de Toninho falou:
- Sabia que você é muito simpático Toninho? Sempre com esse sorriso contagiando todos a sua volta. Até se parece com aquele famoso jogador de futebol...
Toninho ficou feliz com os elogios da amiga e agradeceu.
Chiquinha, ao se afastar um pouco do garoto, não conteve a língua e cochichou no ouvido de Carlinhos:
- Que garoto mais dentuço, deveria colocar um aparelho naqueles dentes, no lugar dele eu não sairia de casa.
Carlinhos ouviu aquilo e ficou em silêncio, com uma expressão triste.
Noutro canto do pátio estava Isabela e Chiquinha se aproximou. Mais uma vez não se conteve:
- Olá Isabela, como você está bonita com essa roupa cor de rosa, ficou muito bem em você.
Isabela contente agradeceu e Chiquinha logo adiante já achou alguém para fazer mais um comentário:
- Que menina sem graça. De bela mesmo só tem o nome. Reparou como é gordinha? Deveria fazer uma dieta.
Carlinhos que passava perto ouviu e resolveu chamar Chiquinha para uma conversa. - Chiquinha, gosto muito de você e por isso vou lhe dizer que já é bem grandinha e deve saber o que é certo e o que não é. Se tiver algum comentário para fazer a respeito de alguém fale diretamente com a pessoa, de modo educado e sem ofender. Percebi que na frente das pessoas você faz elogios e mal virando as costas está cochichando e falando o contrário. Não acho que tenha sido isso que Jesus nos ensinou. Procure mudar suas atitudes.
Carlinhos acabou de falar e se aproximou deles Gustavo. Conversaram um pouco e o menino foi pegar um suco, deixando Chiquinha e Carlinhos a conversar. Chiquinha, parecendo que sua garganta queimaria se não falasse, abriu a boca mais uma vez:
- Que horror aquele cabelo! Parece o Urso do cabelo duro! Não deve conhecer xampu... Se eu tivesse aquela cabeleira faria chapinha todo dia.
E continuava zombando.
Carlinhos ficou decepcionado com a amiga, mas não desistiu dela. Resolveu lhe dar uma lição...
Passados alguns dias Chiquinha foi até a casa do amigo. Quando Carlinhos viu que ela estava chegando fez de conta que conversava com alguém no telefone, soltando alguns risinhos e falando:
- Está bem, está bem. Prometo que não vou falar nada para ela. Mas afinal de contas a Chiquinha não é má pessoa. E aquelas sardas dela....
A menina escutando aquilo ficou desconfiada e curiosa para saber que conversa era aquela e Carlinhos foi lhe explicando:
- Não liga não Chiquinha. Era uma amiga que é famosa por falar demais. Ela me falava de você. Entre tantos comentários que ela fez disse até que você é sardenta, que parece ferrugem e que é muito desengonçada! Imagine só, que coisa chata. Mas não se preocupe porque quem age assim não merece crédito, não é confiável, você sabe... Eu mesmo acho que essas pintinhas no seu rosto são um charme!
A essa altura a menina já tinha entendido o recado que Carlinhos lhe passava nas entrelinhas e com o passar dos dias ela foi mudando. Sempre que tinha vontade de fofocar ela se perguntava antes:
- É necessário? Se fosse comigo eu gostaria? É verdadeiro o que vou dizer?
Carlinhos ficou feliz com a mudança da amiga. Ele sabe que seguir o que Jesus nos ensinou, ou seja, praticar o respeito, o amor, a indulgência e a bondade, certamente é o caminho certo para que possamos viver bem e em harmonia com todos.

Jesus e os apostolos




Plano de Aula

CONTEÚDO
· Jesus e os apostolos

IDADE 7 anos

OBJETIVOS

· Explicar com muita calma o são e quem são os apóstolos;
· Explicar como que Jesus escolheu os apostolos.

MATERIAL NECESSÁRIO
· Desenho para pintar e montar (anexo)
· Lapis de cor.


DESENVOLVIMENTO
PRECE INICIAL

1ª PARTE
Indagar às crianças:
* Quando você quer brincar em c asa, na escola ou na rua, como escolhe seus amiguinhos?
- Deixar que falem a respeito, solicitando que esclareçam o motivo de suas escolhas.
- Dizer o seguinte:
* Quando vamos realizar algo, nos unimos a pessoas que pensam como nós.
Assim aconteceu, na história que narraremos em seguida, quando Jesus escolheu os seus discípulos, ou seja, aqueles que seguiam as suas idéias.
2ª PARTE
Narrar a história. (anexo)

3ª PARTE
Perguntar às crianças:
- Qual era a preocupação de Ângelo?
- Como vovô Carlindo ajudou o menino a resolver o problema?
- Como eram os homens escolhidos por Jesus?
- Por que Jesus escolheu homens que pensavam como Ele?
4ª PARTE
Distribuir os desenhos para pintar e desenhar

ENCERRAMENTO

PRECE FINAL

BIBLIOGRAFIA
Evangelho Segundo Espiritismo. Cap I
Blog: http://lubeheraborde.blogspot.com/
Extraída do Livro "O melhor é Viver em Família" volume 12




"A ESCOLHA DOS DISCÍPULOS"

Uma espreguiçadeira forrada com alvo lençol e uma confortável almofada abrigavam o homem adormecido.
Sua cabecinha branca, seu rosto sereno, seus olhinhos cerrados pelo sono . . . que coisa tão linda!
Foi assim que o rapazola esguio, recém-entrado na adolescência , encontrou seu avô, repousando na varanda repleta de samambaias. Emocionado, curvou- se e beijou- o docemente.
- Ângelo, meu querido, já de volta?
- Vovô Carlindo ... desculpe-me, não tinha intenção de acordá- lo.
- Não se aborreça, filho. Na minha idade, o sono já não é tão profundo. Fica- se ronronando como os gatinhos
... O que o intriga desta vez?
- Nada de tão grave, vovozinho ... apenas estou com um dilema: como o senhor sabe, eu tenho uma infinidade de amigos que me são muito c aros e estou achando difícil selecionar entre eles os que devam vir em minha casa, sair em minha companhia, enfim, fazer parte do meu cotidiano.
- Ora, querido, vou contar- lhe como Jesus escolheu seus discípulos. Acho que isso vai ajudá- lo. E o velhinho começou:
- Ele tinha bom senso; procurou escolher, dentre a multidão que o acompanhava por toda parte, os verdadeiramente entusiasmados pelas suas idéias, aqueles seguidores fiéis, que seriam capazes de conduzir os outros homens, tal como o pastor que sabe guiar as suas ovelhas pelos lugares mais seguros, onde elas ficariam abrigadas e felizes.
Desse modo, Jesus começou a fazer convites. Passando pelo Mar da Galiléia, chamou os dois irmãos: Simão (que Ele chamou de Pedro) e André, que eram pescadores.
Prosseguindo, encontrou outros dois irmãos: Tiago e João, que também foram convidados. E assim, Jesus continuou até convidar doze homens, que Ele sabiam seriam capazes de levar sua mensagem por todo o território da Judéia.
Esses homens, seus discípulos, chamados, mais tarde, apóstolos, foram os seguintes: Simão Pedro, Tiago, João, André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago (filho de Alfeu), Simão e Judas Iscariotes.
Eram as pessoas certas; Jesus sabia que com eles a sua doutrina amorosa não seria perdida e ficaria sempre entre os homens.
O vovô terminou aí. Ângelo comentou:
- Essa história, vovô, mostra- me a seguinte verdade: devo selecionar, para conviverem comigo, os amigos cujos hábitos de vida, desejos e sonhos mais se assemelhem com os meus. Como o Mestre Jesus percebi que deverei escolhê- los, usando o mesmo critério de amor e justiça com que Ele escolheu os seus discípulos.

Rosenir Teixeira Pereira
Extraída do Livro "O melhor é Viver em Família" volume 12