Na aula de história, a professora falava sobre a noite de São Bartolomeu, que ocorreu na França em 1572. Dizia ela:
- Por intolerância religiosa, católicos e protestantes guerrearam em "nome de Deus". Foi um massacre de mais de 20 mil protestantes pelos católicos.
Um aluno mais curioso perguntou:
- Professora, onde estava Deus que permitiu a morte de tantas pessoas?
A professora respondeu:
- Deus estava ausente na “atitude das pessoas”...
Em nome de Deus, guerreiros e religiosos vêm produzindo estragos imensos.
Já no tempo de Moisés, em nome de Deus, os judeus passavam o fio de espada, em terra inimiga, tudo o que tivesse fôlego - homens e mulheres, velhos e moços, aves e animais . . .
Durante a Idade Média, em nome de Deus, inquisidores mandavam para a fogueira pessoas que se atreviam a contestar seus interesses.
Nas Cruzadas, em nome de Deus, os cristãos da Europa dizimaram populações imensas, com a "piedosa" intenção de libertar o solo sagrado da Palestina.
Ainda hoje, em nome de Deus, fanáticos promovem banhos de sangue em várias regiões do Mundo.
Nos comentários à questão 13, em O Livros dos Espíritos, Allan Kardec explica por que Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom.
A maior dificuldade está em entender como o Criador pode ser justo e bom se há tanta injustiça e maldade no Mundo.
Como pode permitir que crianças morram de fome?
Que ditadores oprimam populações imensas?
Que ricos mercadores explorem seus subordinados?
Que bandidos aterrorizem as pessoas?
Que torturadores façam tantas vítimas?
Ante essas dúvidas, muitos se desesperam e perdem a fé, principalmente ao enfrentarem tragédias pessoais, que envolvam a morte de familiares, a doença, a perda dos bens materiais, a privação da liberdade . . .
Onde está esse Senhor Supremo que não os entende?!
Que pai é esse que não satisfaz suas necessidades, nem resolve seus problemas?!
Sentem-se entregues à própria sorte!
Se Deus existe, reclamam, não está nem um pouco preocupado com seus filhos que lutam e choram no Mundo.
Aqui, nenhuma doutrina filosófica ou religiosa nos satisfará, se não considerarmos nossa condição de seres em evolução, transitando pela Terra.
Passamos por múltiplas experiências reencarnatórias. Colhemos em cada uma delas o que semeamos nas anteriores, crescendo espiritualmente, desenvolvendo potencialidades, rumo à angelitude, como a pedra bruta submetida ao buril que a transformará num diamante.
A partir dessas noções começamos a ter uma visão diferente de Deus, entendendo que Ele semeou em nosso coração algo de Sua grandeza - a justiça e a bondade, que devemos desenvolver por iniciativa própria, valorizando nossas aquisições.
Jamais seremos felizes, enquanto não o fizermos.
Estória de Rudymara e comentário de Richard Simonetti
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