Tendências homossexuais. Por que acontece?



Todo o edifício doutrinário espírita tem caráter preventivo e visa primordialmente nos auxiliar a fazer bom uso do livre arbítrio. O livre arbítrio pode ser entendido como sinônimo de liberdade. Há liberdade onde há escolha.
 Quando o jovem entrar na adolescência, pode ser que descubra certos impulsos de ordem sexual que destoem do comum. A atração por pessoas do mesmo sexo é um tipo. Esbarramos aí na possibilidade de tendências homossexuais. Que fazer num caso destes?


 
 AS INVERSÕES SEXUAIS
 Sabemos que o Espírito não tem sexo embora se manifeste com um psiquismo mais marcantemente masculino ou feminino ao longo da reencarnação. Passamos por inversões sexuais para conhecermos as experiências típicas do sexo oposto. Quando isso é feito com planejamento prévio e com interesse do Espírito reencarnante, não ocorrem grandes transtornos de adaptação. Mas podem ocorrer reencarnações compulsórias com inversão sexual e finalidade reeducativa do Espírito. O mau uso das energias sexuais por longo tempo traz as chamadas compulsões, que são impulsos que fogem ao controle da pessoa. Reencarnando no mesmo sexo fatalmente será levado a novos excessos, por isso a inversão sexual pode ser ao mesmo tempo um freio, já que os implementos sexuais não serão os mesmos e uma possibilidade de reeducação, de reorientação das energias sexuais. Nesse ponto, lembramos ao leitor que o principal órgão sexual é a mente, e esses  casos visam mudar os condicionamentos mentais do Espírito.


Vejamos qual deve ser a conduta do espírito em fase de reajuste de seus impulso sexuais, conforme a orientação de Joanna de Ângelis psicografia de Divaldo Pereira Franco: 

“Os abusos praticados numa organização sexual impõem limites, constrangimentos e torpezas que fazem indispensáveis retificados na reencarnação imediata, quando, sob a constrição de várias conjunturas aflitivas, se derrapa o Espírito em novos compromissos viciosos em forma d fuga ou de corrupção das elevadas finalidades, volvendo a expiar, mediante a mudança de morfologia sob a difícil impulsão que se encontra na alma e a prisão na roupagem que lhe não responde ao anseio. (...). Cumpre ao Espírito reencarnado submeter aos implementos da sua posição de prova ou de dor, granjeando valores novos que o alcem à normalidade triunfante na função carnal, de que se deve utilizar para vitórias sobre si mesmo, no laboratório da vida física
  
    
  VISÃO ESPÍRITA 
É feito um convite à contenção dos impulsos sexuais, direcionando de acordo com a condição do corpo atual e não das tendências trazidas do passado delituoso. Será sempre difícil obter-se um resultado positivo no curto prazo, mas com orientação adequada, força de vontade e o apoio de uma concepção religiosa que lhe corresponda aos anseios, serão possíveis retificar a rota de sua orientação sexual.  Da perspectiva espírita seria um erro dar vazão aos impulsos sexuais na forma em que se apresentam, pois implicaria a reincidência nos equívocos do passado, cristalizando os impulsos desequilibrantes e ampliando ainda mais seu comprometimento com as leis cósmicas que, eventualmente, serão acionadas com todo o seu rigor de modo a trazer ao caminho certo o ser fraco e recalcitrante.


Ainda nos apoiando e Joanna de Ângelis, no mesmo capítulo 9, Sexo e Reprodução, da obra citada, voltamos à questão do amor, onde ela nos alerta que: 

“assim considerando, embora as vinculações entre o amor e o sexo, o amor verdadeiro e real está acima das manifestações sexuais, como atributo da misericórdia divina, na sinfonia das belezas com que a vida se expressa”.
Entre o amor mais primitivo da fêmea que cuida de seus filhotes, atendendo aos impulsos de reprodução unicamente na época certa, por ocasião do cio, e o amor-síntese a que aludimos anteriormente, há uma infinidade de nuances e posições intermediarias. Devemos conhecê-las para compreendê-las,  e assim evoluir mais rapidamente sem nos determos em concepções equivocadas ditadas pelos interesses e conveniências da época. Entendamos que o amor sensual, embora lícito, é a base da escala, e que o amor espiritual a meta a ser atingida. Um amor que abarque a tudo e a todos indistintamente. Ainda é muito para nós, é certo, mas chegaremos lá algum dia, pois estamos todos destinados a isso.


Extraído: Adolescente, mas de passagem (um ensaio espírita sobre a adolescencia e a juventude) - Paulo R. Santos

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