REENCARNAÇÕES
O princípio da reencarnação é uma conseqüência necessária da lei do progresso. Sem reencarnação, como se explicaria a diferença que existe entre o presente estado social e o dos tempos de barbárie? Se as almas são criadas ao mesmo tempo que os corpos, as que nascem hoje são tão novas, tão primitivas, quanto as que viviam a alguns mil anos? Por que as de hoje haveriam de ser melhor dotadas por Deus, do que as que as precederam? Por que tem melhor compreensão? Por que possuem extintos mais apurados? Costumes mais brandos? Por que tem intuição de certas coisa, sem as haverem aprendido? Duvidamos que alguém saia desses dilemas, a menos que admita que Deus cria almas de diversas qualidades. Admitir ao contrário que as almas de agoira já viveram em tempos diferentes; que possivelmente foram barbaras, mas que progrediram e que em cada nova existência trazem o que adquiriram e se aperfeiçoaram por si mesmas, é uma explicação plausível da causa do progresso social. O mundo é um vasto campo de progresso.
Não há também necessidade que os homens mudem de mundo a cada etapa de aperfeiçoamento, como não há de que o estudante mude de colégio para passar de uma classe a outra. Não é vantagem, pelo contrário é um entrave porquanto o espírito ficaria privado do exemplo que lhe oferece a observação do que ocorre nos graus mais elevados e da possibilidade de reparar os seus erros, no meio mesmo onde errou e ofendeu. Porque após curta coabitação, dispersando-se os espíritos e tornando-se estranhos uns aos outros, romper-se-iam os laços de família, à falta de tempo para e consolidarem. Ao inconveniente moral, se juntaria um inconveniente material. A natureza dos elementos as leis orgânicas, as condições de existência, variam de acordo com os mundos; sob esse aspecto, não há dois perfeitamente iguais. Os tratados de física, de química, de anatomia, de medicina, de botânica etc, para nada serviriam nos outros mundos; entretanto, não ficou perdido o que neles se aprende; desenvolveu-se a inteligência, como também as idéias que se colhem de tais obras, auxiliam a aquisição de outras. Se apenas uma vez, fizesse o espírito sua aparição num mesmo mundo, em cada imigração, ele se acharia em condições inteiramente diversas; operaria de cada vez sobre elementos novos. Segundo leis desconhecidas, antes de Ter tido tempo de elaborar os elementos desconhecidos, de os estudar e aplicar. Essas mudanças seriam obstáculos ao seu progresso. O espírito tem que permanecer no mesmo mundo, até que haja adquirido a soma dos conhecimentos e o grau de perfeição que esse mundo comporta. Os espíritos o deixam por um mundo mais adiantado, aquele do qual, nada mais podem auferir, é como deve ser e é.
Tudo na criação tem uma finalidade, sem o que Deus não seria nem prudente, nem sábio. Para o progresso daqueles que cumprem na Terra uma missão normal, há vantagem em volverem ao mesmo meio, para ai continuarem o que deixaram inacabado, muitas vezes na mesma família, ou em contato com as mesmas pessoas, a fim de repararem o mal que tenham feito, ou de sofrerem a pena de talião.
EMIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO DOS ESPÍRITOS
No intervalo de suas existências corporais, o espíritos se encontram no estado de ERRATICIDADE, ( ERRANTE) e formam a população ambiente da Terra. Pelas mortes e nascimentos e nascimentos, das duas populações, terrestres e espiritual, deságuam incessantemente uma na outra.
Há pois diariamente, EMIGRAÇÕES do mundo CORPÓRIO, para o mundo espiritual e IMIGRAÇÕES deste para aquele: é o estado normal.
Em certas épocas determinadas pela sabedoria Divina, essas emigrações e imigrações se operam por acontecimentos consideráveis, em virtude de guerras e revoluções, que ocasionam a partida de quantidades enormes de criaturas humanas, logo substituídas, por equivalentes quantidades de encarnações Os flagelos destruidores, como vulcões, maremotos, terremotos epidemias etc. considera-se com isso, chegadas e partidas coletivas. São meios providenciais para a renovação dos espíritos. nenhum espírito perece; eles apenas mudam da Terra para a espiritualidade e vice- versa. Em vez de partirem isoladamente, partem em bandos. As renovações rápidas, apressam o progresso social. È de notar-se que depois das grandes calamidades, há um período de progresso de ordem física e intelectual ou moral. Essa transfusão que se efetua entre a população encarnada e desencarnada de um planeta, igualmente se efetua entre os mundos, quer individualmente, nas condições normais, quer em circunstancias especiais. Esses acontecimentos, de um plano para outro e de um mundo para outro. Donde resulta a introdução de elementos inteiramente novos, novas raças de espíritos, vindo misturar-se às existentes, constituem novas raças de homens. Como os espíritos nunca perdem o que adquiriram, trazem consigo a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem, o que faz com que imprimam o caráter, que lhes é peculiar, à raça corpórea que venham animar. Uma vez que a espécie corporal existe, eles encontram sempre corpos prontos para os receber. Não são mais do que novos habitantes. Em chegando á terra, integram-lhe a princípio a população espiritual; depois encarnam, como os outros.
De acordo com o ensino dos espíritos, foi uma dessas grandes Imigrações, ou colônias de espíritos vindos de outras esferas, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de ADÃO e, por essa mesma causa, chamada de RAÇA ADÂMICA.
Quando ela aqui chegou, Terra já estava povoada,
Mais adiantada do que as que atinham precedido neste Planeta, a raça Adâmica, é com efeito a mais inteligente, a que impele o progresso de todas as outras. A gênese no-la mostra, desde os seus primórdios, industriosa, apta às artes e as ciências, sem haver passado aqui pela infância espiritual, o que não se dá com as raças primitivas.
Tudo prova que a raça adamica não é antiga na Terra, pois é considerada como habitando este globo desde apenas alguns milhares de anos. Não é admissível que todo o gênero humano proceda de uma individualidade única.
Do ponto de vista fisiológico, algumas raças, apresentam características particulares, que não lhes permite se lhes assinale uma origem comum. Não só o clima, pois os brancos que e reproduzem nos países dos negros não se tornam negros e vice- versa. O ardor do sol, tosta a epiderme, porem nunca transforma um branco em negro, nem lhe achatou o nariz nem encarapinhou os cabelos. Sabe-se hoje que a cor do negro, provem de um tecido especial subcutâneo peculiar à espécie. Deve-se considerar a raça negra, da Mongólia, caucásica, como tendo origem própria. O cruzamento delas, é que produziu as raças mistas secundárias.
A cronologia chinesa remonta a trinta mil anos O Egito e a Índia, já eram povoados e floresciam antes da era Cristã.
Observações cientificas, atestam as relações que existiram entre a América e os antigos Egípcios Os Hebreus se estabeleceram no Egito, 612 anos após o diluvio. A geologia descobre traços do homem antes do grande diluvio.
"Pelo Espírito de João Evangelista, em comunicação na Espanha".
"Adão ainda não tinha vindo. Eram os homens primitivos que eu contemplava...
Era o primeiro dia da humanidade...
Era esse homem, pouco mais que um animal.
Seus olhos não refletiam a luz, seus cabelos eram ásperos, e sua boca e sua boca era grande.
Suas mãos pareciam com os pés.
Pele rija, cobriam suas carnes duras e secas que não dissimulavam a fealdade do esqueleto.
Seu comer era um devorar. Seu andar era pesado e vacilante. Os olhos vagavam sem expressão.
O homem primitivo, nunca ria.
Nunca seus olhos derramavam lágrimas.
O pensar, fatigava-o.
Fugia da luz e procurava as trevas.
A raça adâmica é apresentada, como uma raça muito inteligente. Pois que desde a Segunda geração, constroem cidades, cultivam a terra, trabalham os metais, progridem nas artes e nas ciências. Ouçam João Evangelista, descrever esse acontecimento. " Donde vieram esses homens novos no meio dos Homens?
A Terra não lhes deu nascimento, porque eles nasceram antes dela ser fecundada
Eles vem a ela, em cumprimento de uma lei e de uma sentença Divina.
Eles vem de cima, pois vem envoltos em luz e a sua luz é um farol, para os que moram nas trevas da Terra.
Mas trazem no semblante, o estigma da maldição.
São árvores de pomposa folhagem, mas privados de frutos. Sua cabeça é de ouro, as suas mãos de ferro e os pés de barro
Conheceram o bem, mas praticaram a violência, e viveram para a carne. A geração proscrita, traz na fronte o selo da sentença, mas também tem a promessa no coração. Pecaram por sabedoria e orgulho, e seu entendimento obscureceu-se, mas a promessa da misericórdia subsiste".
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