Objetivo: Entender as diferenças físicas como oportunidades de crescimento para o Espírito. Perceber que os Espíritos necessitam dos mesmos tratamentos: carinho, atenção, amizade, compreensão, etc.
Incentivação: Levar alguns objetos que ao serem tocados, todos percebam diferenças como: áspero / liso, frio / quente , duro / mole , seco / molhado e a sensibilidade do toque mais leve ou mais intenso.
Desenvolvimento:
- ( Questionar ): Todos sentiram a mesma coisa ? O que você sentiu ? ( dirigir-se às crianças ) E você ? Por quê cada um sentiu ou percebeu desta ou daquela forma ? O que ele percebeu e eu não, é melhor, pior ou as diferenças percebidas comple- tam-se ?
- Analisemos: um é mais alto, outro mais baixo, um é mais claro, outro é mais escuro, não é ?
As observações individuais enriquecem o valor, demonstram melhor as qualidades do objeto ou coisa examinados.
( Questionar bastante sobre esses aspectos, no sentido de que percebam que as diferenças não significam ser pior ou melhor, mas detalhes que num primeiro momento, identifico, rotulo e me fecho estabelecendo daí o preconceito, isto é, as opiniões fechadas sobre isso ou aquilo, sem maior ponderação, análise ou conhecimento dos fatos e que acabam se exteriorizando por atitudes de suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, religiões, etc. )
- Você, " Pedro ", descreva-se:
- Agora você, " Júlia ":
- Você, " Carlos ": (etc. etc.)
( Pedir para que eles analisem as diferenças entre os evangelizadores da classe: altura, tom de pele, cor de olhos, etc. )
Essas diferenças físicas entre nós (evangelizadores) constituem a nossa identificação. Essas exterioridades significam que eu sou melhor que ele ou ele melhor que eu ? ( sim, não, por que ? Explorar )
- ( Dividir a classe em 4 grupos )
Cada grupo irá representar uma raça: branca, negra, vermelha, amarela. De um modo geral como o branco entende as outras raças? E as outras raças, como entendem o branco ou se entendem entre si ?
Nascer em qualquer uma delas configura-se como necessidade do Espírito que em cada situação encontrará oportunidade de desenvolver peculiaridades próprias daquelas culturas. Ex.:
Nascer em qualquer uma delas configura-se como necessidade do Espírito que em cada situação encontrará oportunidade de desenvolver peculiaridades próprias daquelas culturas. Ex.:
- na raça amarela: o amor e o respeito aos antepassados, o cuidado com os idosos e crianças, a introspecção.
- na raça vermelha: a liberdade, o respeito à raça, a tradição, o amor à natureza.
- na raça branca: amor às ciências, às pesquisas, ao desenvolvimento, etc.
- na raça negra: culto às origens, amor ao trabalho, etc. Mostrando enfim, que cada raça tem o seu valor, não se constituindo esta melhor que aquela, ao contrário, uma caminhando, contribuindo onde outra pára. Hoje, atualmente, o Mercosul ( explicar o que é ) , a Globalização ( explicar o que é ) não visam e buscam esse auxílio mútuo nas trocas entre povos , etc. etc ? (explorar bem esses aspectos enriquecendo o tema sobre o uso hoje. ( Os mesmos raciocínios podem ser feitos a respeito das profissões: lixeiro, empregada doméstica, médico professor, etc. )
( No desenvolvimento da aula podem ser trabalhados também os aspectos físicos das adaptações dos seres vivos nas diferentes regiões: nos lugares onde os raios solares incidem mais diretamente, como na África, as pessoas têm que Ter a pele mais escura para se protegerem contra os perigos dos raios solares que podem causar doenças; nesses lugares Ter o cabelo crespo é melhor para arejar o couro cabeludo. Já na China, a claridade é muito intensa, então para proteger melhor os olhos das pessoas, as pálpebras cobrem mais o globo ocular, fazendo a proteção contra a claridade, dando assim o jeito do "olho puxado", e os cabelos bem lisos ajudam aquecer o couro cabeludo, já que nessas regiões faz muito frio. )
Esse tema poderia também ser desenvolvido em 3 aulas:
Na 1ª : montagem de cartazes estabelecendo diferenças entre: pessoas, crianças, entre casas, profissões, etc.
Na 2ª : trabalhar essas diferenças com os raciocínios do texto ( os cartazes sempre presentes- discutindo-os e aplicando-lhes os pontos levantados) .
Na 3ª : recordando o discutido nas aulas 1 e 2 , trabalhar o conto "A Panela", convidando a que cada uma expresse a conclusão a que chegou.
A PANELA
A velha empregada de minha família era uma preta.
Chico, o neto dela – como é costume acontecer quando não temos irmãos -, era o meu companheiro constante de brincadeiras e folguedos.
Em tudo quanto fazíamos, a parte de Chico era sempre a mais pesada, secundária e passiva.
Ele tinha sempre que dar e, nunca, que receber.
Um dia corri para casa, à saída da escola porque Chico e eu tínhamos projetado construir uma vala que fosse do poço à lavanderia.
Sem darmos por isso, cada um de nós assumiu logo o seu papel, – como de costume.
Chico era o “condenado” a trabalhos forçados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão!
A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro, era quase digna de um adulto imbuído de preconceitos de cor.
Foi quando a nossa preta velha chamou-nos :
- Crianças, venham pôr a minha panela no fogão!
Corremos para a cozinha. A panela estava no chão e nós a agarramos com ambas as mãos. Mas com um grito a largamos, perplexos de que ela nos tivesse mandado pegar em uma coisa que, – era evidente que sabia, – estava extremamente quente.
Em seguida, em graves e brandas palavras, tão nítidas e simples que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, disse-nos assim:
- Ora! Vocês dois se queimaram. Que coisa mais engraçada! A cor da pele de vocês é tão diferente, mas a dor que estão sentindo é igual para ambos, não é verdade?
Concordamos que sim.
E nunca mais pude me esquecer desse episódio que sem dúvida alguma, fez de mim uma pessoa diferente.
DA OBRA: E, para o resto da vida de
Wallace Leal V. Rodrigues
Wallace Leal V. Rodrigues
by: Beatriz de Almeida Rezende
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