1. Como se explica que uma mãe, tendo
sentimentos tão nobres, possa ter uma filha tão orgulhosa?
R: É porque a filha é um Espírito que traz de
vidas passadas suas imperfeições e qualidades, não os herda de seus pais. Os
pais só dão aos filhos suas características físicas (olhos, cabelos, traços do
rosto, estatura, etc). O caráter e a inteligência são próprios do Espírito.
2.
O Espírito dos pais não exerce influência sobre o do filho, após o nascimento?
R:
“Ao contrário: a influência que exercem é bem grande. Os Espíritos têm que
contribuir para o progresso uns dos outros. Por isso, o Espírito dos pais têm
por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Isto é uma tarefa para
os pais, que serão culpados se vierem a falhar em seu desempenho.”(L.E.208)
3. Será uma virtude o amor materno ou um
sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais?
R: “As duas coisas. A Natureza deu à mãe o amor
a seus filhos com o objetivo da conservação deles. No animal, porém, este amor
fica limitado às necessidades materiais mais imediatas e cessam quando os
cuidados não são mais necessários.
No homem, este amor dura a vida inteira, e este
devotamento representa uma virtude. O amor paternal sobrevive mesmo à morte e
acompanha o filho até no além-túmulo. Daí se vê que o amor dos homens é muito
diferente do amor dos animais.” (L.E.890)
4. Se o amor materno é da Natureza, como
ocorrem casos em que existem mães que odeiam filhos, muitas vezes desde a
infância?
R: “Às vezes é uma prova que o Espírito do
filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe
perversa, ou mau filho, em outra existência (L.E.392).
Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de
ser animado por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que
ser reprovada nesta prova que escolheu.
Mas esta violação das leis da Natureza não
ficará sem justiça e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos que
conseguiu superar.” (L.E.891)
5. Por que é que, de pais bons e virtuosos,
nascem filhos de natureza perversa? Por que é que as boas qualidades dos pais
nem sempre atraem, por simpatia, um bom Espírito para reencarnar como seu
filho?
R: “Não é raro que um mau Espírito peça que lhe
sejam dados bons pais, na esperança de que seus conselhos o encaminhem por
melhor rumo e muitas vezes Deus lhes concede o que deseja.” (L.E.209)
6.
Em nossas famílias, só reencarnam espíritos que foram nossos adversários em
outras vidas?
R:
“ Não. Retornamos aos lares de nossos desafetos, para aprendermos a nos amarmos.
Mas também pode acontecer de espíritos simpáticos, ligados por relações
anteriores, reencarnarem na mesma família e que se expressam por uma afeição
recíproca na vida terrena”.
7.
Então, o filho ingrato, o marido irresponsável, o pai desajustado, a mulher
leviana são instrumentos que Deus colocou à nossa frente para podermos evoluir?
R:
Sim. Desta forma, devemos ter paciência e perdoar o filho ingrato. Devemos ter
indulgência com o pai que não corresponde às nossas expectativas. Devemos agir
com compreensão e desculpar o esposo ou esposa irresponsáveis, porque todos, em
outras vidas, se magoaram, se feriram e agora aqui estão juntos, para
aprenderem a se amarem e a cumprirem a lei do Divino Criador.
8.
Podemos, então, afirmar que a família é uma escola?
R:
“Sim. Uma escola em que aprendemos a amar os nossos desafetos, a nos corrigir,
a tolerar as imperfeições do outro e, sobretudo, a perdoar. A vida incessante e
a família carnal são experiência transitórias em programação que tem por
finalidade a família universal.”
Debate:
Um casal que morava no
interior, e tinha um único filho, a quem maltratavam muito, obrigando-o a
trabalhar de sol a sol na lavoura.
Quando este filho cresceu, fugiu de casa e foi para uma cidade grande,
onde estudou, formou-se em direito e começou a ter muito sucesso em sua vida
profissional. Envergonhado de sua origem, nunca mais voltou à sua cidadezinha,
limitando-se a enviar sempre dinheiro para os seus pais.
1ª Turma -vai deve defender o
rapaz
2ª Turma - deve acusá-lo de seu
comportamento para com os pais.
NEFA
2004
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