VOCÊ TEM SIDO VOCÊ?



Pais também são gente
Professores também são gente
Eu também sou gente

Enfoque: Eu
Trabalhar: Você tem sido vc mesmo?


Avaliar e definir sua posição ,assumindo seu papel de modo claro,bem
definido,cheio de tranqüilidade e confiança?
Estas perguntas devem ser colocadas e avaliadas no grupo de apoio de modo que as pessoas se ajudem e assumam novos comportamentos e se proponham a experimenta-los,vivendo-os pelo menos durante uma semana,para sentir o resultado.

 ATIVIDADES
  • Reflexão e leitura
  • Texto
  • Homem e o Rio

Havia um homem apaixonado por um rio, gastava longas horas vendo suas águas
a passar, carregando em seu dorso suave folhas e histórias das cidades acima
e isto lhe dava felicidade.

Sua grande alegria era quando chegava a tarde, depois do trabalho ele ia
correndo para o rio, pulava uma cerca e ficava lá em uma prainha, com os pés
mexendo nas areias grossas, bem embaixo de um velho ingá.

Falava muito, confidenciava segredos, dava gargalhadas, nunca ia embora,
enquanto houvesse luz e por muitas vezes só se deu conta que era noite
quando a lua ladrilhava de prata as águas do rio.

Ficava lá, remoendo lembranças, indo para o futuro em sonhos. Seus olhos
eram rio. O rio passeava com suas águas amigas em seus olhos, como em nenhum
outro. Ambos pareciam ter nascido para ser daquele jeito, nunca um sem o
outro, a unidade de almas.
Dizia o homem:
- amor pra toda vida consentia o rio...

Porém, um dia, o céu escureceu. Nuvens cobriram a terra, a chuva desabou
sobre o mundo. A cabeceira do rio foi enchendo e logo tudo virou correnteza.
Árvores foram arrancadas. Folhas deram lugar aos galhos pesados, estes
arranhavam tudo o que encontravam, as barrancas desmaiavam e sumiam
devoradas pela fúria das águas.

O rio cresceu, ultrapassou as margens, derrubou cercas, foi crescendo até
chegar na casa do homem da história e destruiu tudo o que encontrou.
Avançou o jardim... Margaridas e rosas desapareceram, entrou porta adentro
com as mãos cheias de lama. Apagou o fogo no velho fogão a lenha, tudo ficou
destruído.

Quando veio o sol, veio também a desolação. Tinha que recomeçar e como é
difícil recomeçar. Fez o que pôde, sem olhar em direção ao rio. Seu peito
era uma amargura só. Sua cabeça não ficava em silêncio. Só pensava no que
iria dizer.

Então falou:

- Por quê? Por que fez isto? Eu confiava em você, tinha certeza que isto não
iria acontecer, não conosco. Havia muito amor entre nós, amor que não
merecia acabar assim. Não é só a lama que está no jardim, é a confiança que
nunca mais será confiança, o amor que nunca mais será amor, é o adeus que
será para sempre adeus...

Foi inútil o rio tentar explicar. Nunca mais tarde se encontraram. Nunca
mais a lua cantou naquele lugar e as águas daquele rio, como o coração
daquele homem, nunca mais foram os mesmos.

O homem mudou-se para muito longe e o rio, quando passava por lá, tentava
não olhar... Mas sonhava, bem dentro, em suas águas mais profundas, um dia
ver ali, debaixo do ingá, quem nunca deveria ter ido embora...

Estas palavras falam por si... Temos tendência a esquecer fácil os bons
momentos e damos uma eternidade para as lembranças negativas, esquecemos as
conversas onde só o coração fala e perdemos tardes lindas de amor... Abraços
apertados, aconchego... Por não querer relevar. Não querer lutar um pouco
mais. Às vezes temos 100% e por causa de 1% perdemos 99%... Já viram como
sempre ficamos presos a este 1%???.
Guardamos sempre a imagem da casa destruída, mas, negamos dar vida ao rio
iluminado.Esquecemos toda uma vida de encanto e só lembramos as marcas da
ferida. Há muita gente vivendo assim. Esquecendo que o amor ajuda a suportar
as tempestades da vida e só o amor pode fazer o rio voltar a passar na porta
da sua casa.

Grupo de Apoio “Vida Bem Vivida Amor Exigente”

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