Maternidade e paternidade: missões





I. OBJETIVO:
Levar o aluno a:
* Conscientizar-se da importância da missão dos pais
* Conscientizar-se que os pais são responsáveis pela educação que transmitem a seus filhos e disso deverão prestar contas a Deus
* Conscientizar-se que a infância é o período mais importante na educação de uma criança

II. INCENTIVAÇÃO
Ler a história da lenda “Quando Deus criou as mães”, extraída do site “Momento Espírita”
“Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação. Em que, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado. Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.                                                                                     Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma.      Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.                                                                                                                 
Que tivesse mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes.                                                                                      Que tivesse mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido quase insignificante numa roupa especial para a festinha da escola.                                                                            Por ser mãe, deveria ser dotada de muitos pares de olhos.                                                  
Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.                                                           Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: "eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo", mesmo sem dizer nenhuma palavra.                                                                            O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.                                       Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.                                                         
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.                                                                                                                                         
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor, mas ainda assim insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.                                                                                                                  
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de Uma mulher de lábios ternos que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho ­­­­arrependido pelas tolices feitas.                                        Lábios que soubessem falar de Deus, do universo e do amor.                                            
Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.         Uma mulher. Uma mãe.”


III. DESENVOLVIMENTO:
1.Pode-se considerar a paternidade como uma missão? (L.E.582)
R: É, sem dúvida, uma verdadeira missão e ao mesmo tempo um dever muito grande que implica, mais do que o homem pensa, sua responsabilidade para o futuro. Deus colocou o filho sob a tutela dos pais para que estes a dirijam no caminho do bem e lhes facilitou a tarefa, dando à criança uma organização débil e delicada, que a torna acessível a todas as impressões. Mas há os que mais se ocupam de endireitar as árvores do pomar e fazê-las carregar de bons frutos do que de formar o caráter do filho. Se este vier a sucumbir por sua culpa, terão de sofrer a pena, e os sofrimentos da criança na vida futura recairão sobre eles, porque não fizeram o que lhes competia para o adiantamento na estrada do bem.

Duas verdades muito simples devem estar presentes na imaginação dos pais:
1.        De um saco vazio nada podemos tirar
2.        De um terreno que não foi cultivado, nenhum grão poderemos colher.

Assim, também será a educação de nossos filhos. Devemos semear bons ensinamentos desde os primeiros dias de sua vida, cuidando para combater os indícios de vícios, para evitar que eles criem raízes profundas. Temos como exemplo o bom jardineiro, que corta os brotos defeituosos à medida que eles vão despontando nas árvores. Se os pais deixarem os filhos desenvolver o orgulho e o egoísmo e nada fizer, não deverão se surpreender se, mais tarde, forem pagos com a ingratidão.

2. Quais são os deveres dos pais para com os seus filhos?
R:Os pais têm dois papéis importantes: o primeiro: cuidar da sobrevivência de seus filhos, através dos cuidados com o corpo:  prover-lhes o alimento necessário, cuidar de sua higiene, saúde e educação; o segundo, não menos importante: educar o espírito de seu filho, para que tenha uma formação moral, que o auxiliará no seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro.

3. Qual a idade certa para se iniciar a educação dos filhos?
R: Assim que nasce, a criança já está recebendo todas as vibrações de seus pais, seja de amor, de rejeição, de impaciência, de ansiedade. Mesmo sem saber se expressar, a criança percebe os sentimentos de sua família. Daí a importância do amor, da vigilância e da dedicação por parte dos pais antes mesmo do nascimento daquele Espírito que chega.
A infância é o período mais importante para sedimentar os conceitos do bem, da solidariedade, do amor ao próximo, pois as crianças estão mais dóceis à educação dos pais e professores, aceitando como verdades o que lhes é ensinado. É como uma argila que está macia e que deve ser bem modelada.

4. Qual é, para o Espírito, a utilidade de passar pela infância? (L.E.383)
R: Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais acessível, durante este tempo, às impressões que recebem e que podem ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de sua educação.

5. Se uma criança se desviar, apesar dos cuidados dos pais, estes são responsáveis? (L.E.583)
R: Não, mas quanto piores as disposições da criança, mais pesada é a tarefa dos pais e maior será o mérito, se conseguirem desviá-la do mau caminho.

6. Qual o motivo da mudança que se opera no seu caráter a uma certa idade, e particularmente ao sair da adolescência? É o Espírito que se modifica? (L.E.385)
R: É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra tal qual era. Não conhecemos o que a inocência das crianças oculta. Não sabemos o que elas são, nem o que foram, nem o que serão. Contudo, temos muita afeição por elas, as acariciamos, como se fossem partes de nós mesmos, a tal ponto que se considera o amor que uma mãe consagra a seus filhos o maior amor que um ser possa dar a outro. De onde nasce o meigo afeto, a terna benevolência, que mesmo os estranhos sentem por uma criança?
Deus quis que elas viessem assim, para despertar o amor dos pais e das pessoas adultas. Este amor se enfraqueceria muito se a criança já viesse com um caráter áspero e intratável e com os traços de um adulto.
O seu verdadeiro caráter só será revelado depois dos 15 ou 20 anos, quando eles não mais precisam dos cuidados dos mais velhos.

7. Quando os pais têm filhos que lhes causam desgostos, não são desculpáveis de não terem por eles a ternura que teriam em caso contrário? (L.E. 892)
R: Não, porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem (L.E.582-583). Além disso, estes desgostos são, muitas vezes, a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Estão colhendo o que semearam.

Lembrai-vos que a cada mãe e a cada pai perguntará Deus:  - Que fizestes do filho confiado à vossa guarda?  Se por vossa culpa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, cheios de remorsos, pedireis que vos seja concedido reparar a vossa falta. Solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor”. (Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap XIV, item 9)


8. Os pais devem deixar que os filhos escolham a religião quando já forem crescidos?
R: Não. A Evangelização deve ser uma tarefa dos pais, que são responsáveis pela educação intelectual, moral e espiritual de seus filhos. Educar é salvar. O Espiritismo é a religião da educação. Devemos primeiro nos educar e depois educar nossos filhos. Um mau chefe de família nunca pode ser um bom espírita.

IV. FIXAÇÃO DO CONTEÚDO:
Refletir com os alunos sobre esta mensagem:

“Certa vez, perguntaram a uma mãe qual era o seu filho preferido, aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
“Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E como mãe, lhe respondo:
O filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma,
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, ata que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namores, até que se case.
O que se casou, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
Depois, com um semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou, até que o reencontre”.

V. PROCEDIMENTO DIDÁTICO:
Exposição dialogada

VI. RECURSOS

Livros, transparência ou papelógrafo

VII. BIBLIOGRAFIA

Kardec, Allan – O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. XIV – item 9
Camargo, Pedro de – O mestre na educação (pelo espírito Vinicius) – pg 91
Franco, Divaldo Pereira – SOS Família – por Joanna de Angelis e outros espíritos

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