I.
OBJETIVO:
Levar o aluno a conscientizar-se que:
* a família é um laboratório de experiências reparadoras;
* o corpo procede do corpo, mas o espírito não procede do
espírito;
* todos os familiares estão comprometidos perante os
códigos divinos pelo passado espiritual.
II.
INCENTIVAÇÃO:
Narrar a história Filha Rebelde, do livro Pontos e Contos,
de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Irmão X, pg 177.
Emilinha,
a filha mais velha de D. Matilde, era muito rebelde. Sempre que sua mãe lhe
dava conselhos, ela reagia com ironia.
- Minha
filha, dizia-lhe D. Matilde, você precisa cuidar mais da sua parte espiritual e
orientar seus sentimentos à luz do Cristo. A vida na Terra oferece muitas
surpresas e as almas desprevenidas costumam cair desastradamente. É preciso
vigiar e orar...
- Ora,
mamãe, não preciso de sermões encomendados. Fique tranqüila. Seus conselhos são
muito antiquados, a senhora não conhece as reviravoltas do mundo. Sou dona da
minha vontade, faço o que bem entendo.
- Sim,
Emilinha – insistia a mãe paciente. Eu sei que você é senhora de si, mas o
cuidado materno me obriga a lhe esclarecer, ainda que você não aceite as minhas
opiniões. Quem é mãe sofre muito para cuidar de seus filhos...
- Por que
você gosta de sofrer? - exclamava a
filha, fazendo a mãe chorar.
D.
Matilde, viúva, com três filhas solteiras, já não sabia mais o que fazer.
Trabalhava muito para sustentar sua família, sujeitava-se a empregos mal
remunerados, chegando até a comprometer sua saúde pelo excesso de obrigações.
As duas
filhas mais novas compreendiam os seus sacrifícios, mas Emilinha tratava-a de
maneira muito rude, sem a menor consideração. Diante de estranhos, ela tratava
sua mãe tão mal que a nobre senhora se mantinha em silêncio, humilhada.
Quando D.
Matilde voltava das reuniões evangélicas, a filha debochava :
-
Não
é que a senhora agora se dedica só à teologia? Só fala em religião!
- Ah! Minha filha! – respondia a mãe -
não sorrias da verdade, para que mais tarde ela não venha a sorrir de ti.
Lembra-te de nossos compromissos para com Jesus!
- A senhora parece um sacerdote! Não
concordo com as suas teorias de reencarnação e sobrevivência da alma... Nós não
passamos de experiência biológica da Natureza. O resto todo é ilusão, fanatismo...
D.
Matilde, observando o endurecimento da filha, parou de argumentar e deixou que
Emilinha levasse a vida à sua maneira.
Porém, o tempo, a dor e a morte são
cobradores da realidade. Chegou o dia em que a mãe e as filhas foram
reconduzidas à vida espiritual, além do túmulo.
Emilinha, porém, agora afastada do grupo
familiar, experimentava grandes provações em círculo de sombras. Era
freqüentemente visitada pela mãe generosa, mas não identificava a sua presença,
nem lhe ouvia a voz encorajadora, pois trazia em sua mente negras visões e
vozes angustiadas.
Anos se passaram e chegou o momento de
D. Matilde reencarnar. Ela não queria deixar a filha sem o seu amparo direto e
orou para o Alto, pedindo ajuda. Logo
veio a resposta divina. Emilinha conseguiu ver sua mãe pela primeira vez.
Emocionadas, elas se abraçaram, cheias de alegria. D. Matilde lhe contou que
precisava retornar à Terra, para continuar com suas tarefas. Emilinha
pediu-lhe, então, para ser novamente sua filha.
-
Se
o Senhor permitir, terei muita alegria em reconstituir o nosso velho lar,
-
Prometo
compreendê-la desta vez, falou a filha em pranto.
-
Pediremos
esta bênção, respondeu a mãe, beijando-a, carinhosa.
Neste instante, o dirigente espiritual
fez-se visível, cumprimentou D. Matilde atenciosamente, enquanto Emilinha se
punha a seus pés, suplicando:
- Emissário de Jesus, que conhece os
meus padecimentos, ajudai-me, para que eu possa voltar à Terra em companhia de
minha mãe. Ela vai reencarnar e, se concordares, poderei segui-la, para ser
recebida novamente em seus braços maternais... Pelo amor de Deus, permiti a
minha volta!
O dirigente olhou para Emilinha
fraternalmente e falou:
- No momento, minha irmã, não lhe será
possível retirar-se daqui. Você ainda precisará desgastar por alguns anos o
envoltório inferior que criou para si mesma. No entanto, mais tarde, você
poderá viver ao lado de Matilde, receber-lhe as palavras carinhosas e ouvir-lhe
os conselhos cristãos.
Emilinha não cabia em si de contente.
Elevou as mãos aos céus e exclamou:
-
Graças
a Deus!
O dirigente espiritual, porém terminou:
- Porém, você não poderá voltar como
filha de Matilde, pois não fez por onde merecer. Você retornará ao mundo como
criada humilde da sua residência, para que, na verdadeira condição de
obediência, aprenda a valorizar o tesouro que Deus lhe deu.
Baseado na história acima, respondam:
R: D. Matilde era simples e religiosa, ao passo que
Emilinha era materialista, orgulhosa.
R: Ela se preocupava com a parte espiritual da filha.
3. Quando D. Matilde alertava à filha sobre a necessidade
de se viver de acordo com os preceitos do Cristo, o que Emilinha dizia?
R: Que ela não precisava dos sermões encomendados. Ela
dizia que era dona da sua vontade e que os conselhos da mãe eram antiquados.
R: Emilinha, em tom de deboche, dizia que a mãe só sabia
falar em religião, que parecia até um sacerdote. Ela também não acreditava em
reencarnação.
R: Vivia de acordo com os seus caprichos, só pensava nos
seus prazeres.
R: Emilinha ficou afastada da mãe, nas regiões mais
inferiores, mas D. Matilde sempre a visitava, encorajando-a.
7. Após vários anos na erraticidade, D. Matilde quis
reencarnar, mas ela ficou preocupada com Emilinha e pediu ajuda aos benfeitores
espirituais. O que aconteceu?
R: Ela conseguiu um encontro com a filha. Foi um
contentamento muito grande para as duas.
R: Que ela ainda precisaria ficar mais tempo naquela
região. Mais tarde poderia voltar para o
lado de D.Matilde, não como filha, mas como criada humilde de sua residência,
para que, na verdadeira condição de obediência, pudesse valorizar o tesouro que
Deus lhe havia dado.
III.
DESENVOLVIMENTO:
R: É porque a filha é um Espírito que traz de vidas
passadas suas imperfeições e qualidades, não os herda de seus pais. Os pais só
dão aos filhos suas características físicas (olhos, cabelos, traços do rosto,
estatura, etc). O caráter e a inteligência são próprios do Espírito.
R: “Ao contrário: a influência
que exercem é bem grande. Os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns
dos outros. Por isso, o Espírito dos pais têm por missão desenvolver os de seus
filhos pela educação. Isto é uma tarefa para os pais, que serão culpados se
vierem a falhar em seu desempenho.”(L.E.208)
R: “As duas coisas. A Natureza deu à mãe o amor a seus
filhos com o objetivo da conservação deles. No animal, porém, este amor fica
limitado às necessidades materiais mais imediatas e cessam quando os cuidados
não são mais necessários.
No homem, este amor dura a vida inteira, e este devotamento
representa uma virtude. O amor paternal sobrevive mesmo à morte e acompanha o
filho até no além-túmulo. Daí se vê que o amor dos homens é muito diferente do
amor dos animais.” (L.E.890)
4. Se o amor materno é da Natureza, como ocorrem casos em
que existem mães que odeiam filhos, muitas vezes desde a infância?
R: “Às vezes é uma prova que o Espírito do filho escolheu,
ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho,
em outra existência (L.E.392).
Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animado
por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que ser
reprovada nesta prova que escolheu.
Mas esta violação das leis da Natureza não ficará sem
justiça e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos que conseguiu
superar.” (L.E.891)
5. Por que é que, de pais bons e virtuosos, nascem filhos
de natureza perversa? Por que é que as boas qualidades dos pais nem sempre
atraem, por simpatia, um bom Espírito para reencarnar como seu filho?
R: “Não é raro que um mau Espírito peça que lhe sejam dados
bons pais, na esperança de que seus conselhos o encaminhem por melhor rumo e muitas
vezes Deus lhes concede o que deseja.” (L.E.209)
R: “ Não. Retornamos aos lares de
nossos desafetos, para aprendermos a nos amarmos. Mas também pode acontecer de
espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, reencarnarem na mesma
família e que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena”.
7. Então, o filho ingrato, o
marido irresponsável, o pai desajustado, a mulher leviana são instrumentos que
Deus colocou à nossa frente para podermos evoluir?
R: Sim. Desta forma, devemos ter
paciência e perdoar o filho ingrato. Devemos ter indulgência com o pai que não
corresponde às nossas expectativas. Devemos agir com compreensão e desculpar o
esposo ou esposa irresponsáveis, porque todos, em outras vidas, se magoaram, se
feriram e agora aqui estão juntos, para aprenderem a se amarem e a cumprirem a
lei do Divino Criador.
R: “Sim. Uma escola em que
aprendemos a amar os nossos desafetos, a nos corrigir, a tolerar as
imperfeições do outro e, sobretudo, a perdoar. A vida incessante e a família
carnal são experiência transitórias em programação que tem por finalidade a
família universal.”
IV.
FIXAÇÃO DO CONTEÚDO:
Debate: Contar uma história de um casal que morava no
interior, e tinha um único filho, a quem maltratavam muito, obrigando-o a
trabalhar de sol a sol na lavoura.
Quando este filho cresceu, fugiu de casa e foi para uma cidade grande,
onde estudou, formou-se em direito e começou a ter muito sucesso em sua vida
profissional. Envergonhado de sua origem, nunca mais voltou à sua cidadezinha,
limitando-se a enviar sempre dinheiro para os seus pais.
Dividir a classe em duas turmas: uma deve defender o rapaz e
outra deve acusá-lo de seu comportamento para com os pais.
V. PROCEDIMENTO DIDÁTICO:
Exposição dialogada
VI. RECURSOS
Livros, transparência ou
papelógrafo
VII. BIBLIOGRAFIA
Kardec, Allan – O Livro dos
Espíritos – Questões 205, 208, 209, 385, 392, 891
Franco, Divaldo Pereira – SOS
Família – por Joanna de Angelis e outros espíritos
Xavier, Francisco Cândido –
Pontos e Contos, pelo espírito Irmão X
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