1 - Distribuir aos evangelizandos diferentes papéis coloridos (de celofane ou outro material transparente), com diferentes tonalidades. Pedir que andem pela sala com papel escuro na frente dos olhos, colocar uma música pesada, com ritmo como o de rock pesado. As crianças devem observar os objetos e prestar atenção no que vêem e sentem. Depois pedir que façam o mesmo, mas com um papel de cor clara, e colocar uma música suave, orquestrada.
Sugestões de perguntas:
Sugestões de perguntas:
- O que eles sentiram e viram com cada experiência? Explicar que assim como eles sentiram a diferença da música e da cor que os acompanhava enquanto percebiam a sala, cada pessoa está imersa em vibrações, está rodeado de energias, como um peixe em um aquário (a água seriam as vibrações a que estamos sujeitos). Lembrar que os bons e os maus pensamentos influenciam e que influenciamos pelos pensamentos que emitimos e pelas atitudes que temos, bem como somos influenciados pelos pensamentos e ações dos que conosco convivem.
- Que tipo de vibração/energia há na sala naquele momento? Depois das respostas das crianças, complementar (se necessário) que o ambiente (como todos os outros lugares) tem a soma da vibração e da energia de todos os que ali estão, encarnados e desencarnados.
- Que tipo de influência (pensamentos e ações) há em um lugar onde existe muita bebida alcoólica, drogas e desrespeito? Um lugar onde todo mundo se pisa, se empurra e só pensa em si e em se divertir ao máximo?
- Que tipo de espíritos vão a lugares em que o objetivo é sambar, dançar até a exaustão (até não agüentar mais), beber muito e depois contar aos outros o que fez (quando lembra)?
- Quais são os reais propósitos de quem vai pular o Carnaval? Ir porque todo mundo vai?
- Quais os motivos que levam alguém a ter atitudes impensadas durante o Carnaval, se não as tem no resto do ano? Qual o motivo de beber até cair, se vestir de mulher, dançar até cansar? É construtivo? Essas atitudes trazem coisas boas para nossa vida?
- O que é extravasar? No dicionário, extravasar é derramar, fazer transbordar, sair fora dos limites. Há outras maneiras mais inteligentes e mais saudáveis de aproveitar o feriado, como o repouso, a leitura, a brincadeira sadia com os amigos, a visita a familiares e amigos, conviver em família, estreitando os laços de carinho...
- Lembrar que podemos escolher que tipo de música queremos ouvir. E ao escolher a música, escolhemos também as companhias espirituais (que tipo de espíritos nos acompanham ao ouvirmos uma música que fala de sensualidade, vícios, que não acrescenta nada de útil a nossa vida, ou cuja letra não entendemos e faz tanto barulho que até dá dor de cabeça? O evangelizador deverá esclarecer sobre alguma música que possa ser citada pelos evangelizandos, levando-os a reflexão. Comentar também que se vamos a um lugar com música agitada, como um baile de Carnaval, uma boate ou uma festa, temos que estar atentos às nossas companhias encarnadas e desencarnadas, aos pensamentos que temos e às nossas atitudes, pois influenciamos e somos influenciados. Além disso, ressaltar (é muito importante) que a escolha de onde ir, o que beber e o que fazer é de cada um, assim como a responsabilidade pelas conseqüências.
- Ressaltar que há música no Mundo Espiritual, mas é uma música calma, bonita, que tranqüiliza e eleva as vibrações dos espíritos e do lugar. E que a música pode ser algo positivo na nossa vida, se soubermos escolher a música e o volume (música muito alta faz mal aos ouvidos, ensurdece). Encerrar a aula com uma música calma, em que a letra tenha uma mensagem positiva. Sugerimos a música "Cantar", CD de Música da FERGS – Federação Espírita do Rio Grande do Sul, que fala sobre a importância da música e de cantar.
Cantar é muito bom, eleva a vibração com muita música
Soltar todas as mazelas, tornar as coisas belas como a música
Cantar o que falar o coração, poder deixar fluir toda paixão
Fazer esta criança descobrir todo prazer de se cantar
Meu Deus que bom seria, poder cantar um dia sem querer saber
Se os outros vão gostar, se vão nos sufocar com suas críticas
Não quero nem saber, eu vou deixar correr o que eu quiser cantar
A casa, o sol e o céu, barquinho de papel soltinho pelo mar...
Cantar a liberdade de cantar, também é uma forma de voar
Trocar todas as mágoas por ternura
Cantar...
Com lágrimas que saem do coração
Limpando nossa alma até o chão
Cantar é uma forma de estar, ficar e ser feliz!
Soltar todas as mazelas, tornar as coisas belas como a música
Cantar o que falar o coração, poder deixar fluir toda paixão
Fazer esta criança descobrir todo prazer de se cantar
Meu Deus que bom seria, poder cantar um dia sem querer saber
Se os outros vão gostar, se vão nos sufocar com suas críticas
Não quero nem saber, eu vou deixar correr o que eu quiser cantar
A casa, o sol e o céu, barquinho de papel soltinho pelo mar...
Cantar a liberdade de cantar, também é uma forma de voar
Trocar todas as mágoas por ternura
Cantar...
Com lágrimas que saem do coração
Limpando nossa alma até o chão
Cantar é uma forma de estar, ficar e ser feliz!
Após os evangelizandos descobrirem a frase, escrevê-la no quadro dividindo-a em duas partes. Conversar sobre o significado de cada frase, citando exemplos.
- Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas me convém.
- Todas as coisas me são permitidas, mas nem todas me edificam.
Edificar é construir, neste caso seria a construção do ser imortal, com valores éticos e morais. Existem coisas, atitudes e pensamentos que não favorecem a nossa evolução espiritual, moral e intelectual. Mas cabe a cada um fazer suas próprias escolhas. Ninguém escolhe pelo outro, cada um é responsável pelas escolhas que faz todos os dias.
- Concluir que temos o livre-arbítrio para escolher, lembrando sempre que somos responsáveis pelas nossas escolhas. Que quando os nossos pais disserem que não podemos ir a tal lugar, com certeza é para o nosso bem, pois eles nos amam e querem o melhor para nós. À medida que formos crescendo em idade e espiritualmente, vamos compreendendo que selecionamos os lugares para freqüentarmos conforme a nossa sintonia espiritual e evolução.
Caça-palavras dos Sentimentos Positivos:
- Para crianças menores poderão ser distribuídas folhas coloridas para que elas desenhem como imaginam que seja o seu anjo guardião.
Sugestão de texto para ser enviado aos pais.
- Você já parou para pensar na responsabilidade que tem para com a criança que recebe como filho em sua família? Amar, educar, ensinar a valorizar a vida, a família, a agradecer as coisas que possui... Ensiná-lo a ser uma pessoa honesta, sincera, com valores como responsabilidade, amor, fraternidade, respeito, perdão e paz...
Ser pai, ser mãe é ter a oportunidade e a responsabilidade de ajudar a criança a crescer intelectual, moral e espiritualmente em sua passagem pela Terra, evoluindo junto com ela...
Pense nisso neste Carnaval... Que valores e virtudes seu filho aprenderá brincando em matinés de Carnaval? Será que ele tem condições de manter-se harmonizado, sem sintonizar com as vibrações pesadas desses lugares? A música e os propósitos do lugar estão de acordo com o que você ensina ao seu filho? Quando ele crescer você vai continuar incentivando-o a participar das festas de Carnaval? Por quê?
Lembre-se: os valores desenvolvidos desde a tenra infância e os exemplos vivenciados pelos pais são muito importantes, pois, apesar da forma de criança, o Espírito tem a oportunidade do aprendizado contínuo.
Obs: esta aula pode ser adaptada para diferentes ciclos, pois o nível de profundidade do assunto abordado depende da maturidade e do conhecimento doutrinário dos evangelizandos.
subsídios aos evangelizadores.
As conseqüências do Carnaval
Vitorino Moreira Neto
A palavra Carnaval, dizem alguns estudiosos, vem do latim Carnevale, que quer dizer "adeus à carne", ou Carnelevamem, que tem o mesmo significado. Outras autoridades no assunto dizem o contrário: que a palavra Carnelevamem significa "o prazer da carne". Ainda outros afirmam que se originou das palavras Carrus Navalis, carro com enorme tonel, que distribuía vinho ao povo, na Roma antiga, durante as Dionisíacas.
Passado o tempo, o Carnaval desenvolveu-se em duas formas: o entrudo, que teria sua origem nas festas romanas e seria sua forma popular; a outra forma seria mais erudita, originária em Veneza e que consistia nos bailes de salão.
No Brasil, o entrudo foi o primeiro indício do Carnaval, trazido pelos portugueses já na época da colonização. Por volta de 1593, alguns depoimentos feitos ao inquisidor Heitor Furtado de Mendonça indicam que em 1553 já havia festas para se brincar o Entrudo.
O Entrudo, do latim Introitus, que quer dizer introdução, era uma brincadeira selvagem, que consistia numa espécie de guerra, onde os participantes, previamente combinados, atiravam materiais variados uns nos outros, em um clima festil. Estes materiais variam, mas pode-se citar alguns dos mais comuns, como limões de cheiro, bacias contendo dejetos humanos e águas sujas. As danças e cantorias ficavam por conta dos negros, que desciam as ruas usando máscaras africanas, tocando marimbas, agitando chocalhos e batendo rudes tambores.
Devido aos abusos, o Entrudo sofreu proibições oficiais desde o tempo colonial. Resistindo às proibições, o Entrudo trouxe as limas de cheiro, que foram substituídas pela bisnaga com água aromatizada, em 1875. Em 1877, surgem o confete e o jetone. Em 1895, as línguas-de-sogra. Em 1892, as serpentinas. Em 1906, o lança-perfume. Em 1927, o lança-perfume metálico, sendo proibido em 1962.
Os primeiros sinais de que o Carnaval brasileiro seria substituído, passando do Entrudo para o de Veneza, começaram a surgir com os bailes de máscaras. Aos poucos, o Carnaval foi substituindo o Entrudo. Mas o Entrudo não perdeu seu espaço senão depois de muito tempo. Pelo que se tem notícia, o último Carnaval do Entrudo foi em 1979, na cidade de Recife, então com o nome de mela-mela. Embora oficialmente desaparecido, o Entrudo pode ser encontrado em alguns subúrbios, com sua conduta tipificada nas ações dos prazeres carnais (sexo descontrolado e irresponsável) ou materiais (bebidas e outros produtos de satisfação física).
Processos obsessivos se agravam. Os recursos disponíveis para o socorro das vítimas, assistidas pelo mundo espiritual escasseiam. A atmosfera nas cidades torna-se densa, desagradável, oferecendo certa resistência às entidades socorristas.
Manoel Philomeno de Miranda nos diz que as pessoas se confundem com os obsessores. As máscaras carnavalescas com rostos desfigurados, fazem parecer que seus criadores se inspiraram em companheiros invisíveis; quando não foram levados em sono para regiões onde encontram vasto campo de inspiração. Fica difícil dizer se o encarnado é quem retrata o desencarnado, ou se é retratado por ele.
Como se vê, as intervenções do Mentor sempre irão nos convidar ao exercício do amor e da caridade. Se nestas festividades ainda vemos os vestígios da barbárie e do primitivismo dominando e que um dia desaparecerão, também é verdade que todos somos, de uma ou de outra forma, espíritos ainda devedores, subjugados aos ditames amorosos da Lei Divina, que transgredimos.
Por detrás dos risos, alegrias e fantasias, esconde-se uma fonte de dores e sofrimentos, causada pelas conseqüências de atitudes impensadas.
Passado o tempo, o Carnaval desenvolveu-se em duas formas: o entrudo, que teria sua origem nas festas romanas e seria sua forma popular; a outra forma seria mais erudita, originária em Veneza e que consistia nos bailes de salão.
No Brasil, o entrudo foi o primeiro indício do Carnaval, trazido pelos portugueses já na época da colonização. Por volta de 1593, alguns depoimentos feitos ao inquisidor Heitor Furtado de Mendonça indicam que em 1553 já havia festas para se brincar o Entrudo.
O Entrudo, do latim Introitus, que quer dizer introdução, era uma brincadeira selvagem, que consistia numa espécie de guerra, onde os participantes, previamente combinados, atiravam materiais variados uns nos outros, em um clima festil. Estes materiais variam, mas pode-se citar alguns dos mais comuns, como limões de cheiro, bacias contendo dejetos humanos e águas sujas. As danças e cantorias ficavam por conta dos negros, que desciam as ruas usando máscaras africanas, tocando marimbas, agitando chocalhos e batendo rudes tambores.
Devido aos abusos, o Entrudo sofreu proibições oficiais desde o tempo colonial. Resistindo às proibições, o Entrudo trouxe as limas de cheiro, que foram substituídas pela bisnaga com água aromatizada, em 1875. Em 1877, surgem o confete e o jetone. Em 1895, as línguas-de-sogra. Em 1892, as serpentinas. Em 1906, o lança-perfume. Em 1927, o lança-perfume metálico, sendo proibido em 1962.
Os primeiros sinais de que o Carnaval brasileiro seria substituído, passando do Entrudo para o de Veneza, começaram a surgir com os bailes de máscaras. Aos poucos, o Carnaval foi substituindo o Entrudo. Mas o Entrudo não perdeu seu espaço senão depois de muito tempo. Pelo que se tem notícia, o último Carnaval do Entrudo foi em 1979, na cidade de Recife, então com o nome de mela-mela. Embora oficialmente desaparecido, o Entrudo pode ser encontrado em alguns subúrbios, com sua conduta tipificada nas ações dos prazeres carnais (sexo descontrolado e irresponsável) ou materiais (bebidas e outros produtos de satisfação física).
Processos obsessivos se agravam. Os recursos disponíveis para o socorro das vítimas, assistidas pelo mundo espiritual escasseiam. A atmosfera nas cidades torna-se densa, desagradável, oferecendo certa resistência às entidades socorristas.
Manoel Philomeno de Miranda nos diz que as pessoas se confundem com os obsessores. As máscaras carnavalescas com rostos desfigurados, fazem parecer que seus criadores se inspiraram em companheiros invisíveis; quando não foram levados em sono para regiões onde encontram vasto campo de inspiração. Fica difícil dizer se o encarnado é quem retrata o desencarnado, ou se é retratado por ele.
Como se vê, as intervenções do Mentor sempre irão nos convidar ao exercício do amor e da caridade. Se nestas festividades ainda vemos os vestígios da barbárie e do primitivismo dominando e que um dia desaparecerão, também é verdade que todos somos, de uma ou de outra forma, espíritos ainda devedores, subjugados aos ditames amorosos da Lei Divina, que transgredimos.
Por detrás dos risos, alegrias e fantasias, esconde-se uma fonte de dores e sofrimentos, causada pelas conseqüências de atitudes impensadas.
Fonte: Órgão Informativo da "Fundação de Ensino Eurípedes Soares da Rocha" - fevereiro, 2000.
Carnaval? Fique longe dele
O calendário brasileiro vê chegar mais um período carnavalesco e logo as manchetes nos meios de comunicação mudarão para apresentar o nu e a violência, comuns nesses dias. Tudo em nome de uma enganosa alegria.
A dita festa popular, que ainda guarda vestígios de barbárie e do primitivismo reinantes, tem suas origens nas bacanálias, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Anteriormente, os trácios entregavam-se aos prazeres coletivos, como quase todos os povos antigos. Mais tarde, apresentavam-se estas festas, em Roma, como saturnais. Depois, na Idade Média, aceitava-se com naturalidade: "Uma vez por ano é lícito enlouquecer", tomando corpo nos tempos modernos, em três ou mais dias de loucura, sob a denominação, antes, de tríduo momesco, em homenagem ao rei da alegria ...1
Até com uma certa e irresponsável complacência das autoridades policiais, a delinqüência abraça o vício, e o carnaval transforma-se num índice elevado de vítimas. Homicídios tresvariados, suicídios alucinados, paradas cardíacas por excesso de movimentos e exaustão de forças, desencarnação por abuso de drogas, alcoólicos e outros do gênero, estupros, abortamentos, vinculações obsessivas, brigas, agressões, enfim, violência de múltipla ordem.
Na visão espiritual, nuvem de vibrações psíquicas de baixo teor encobre os locais em que se realiza o frenesi da folia e espalha-se pela cidade, com densidade pastosa, escura, qual nevoeiro de difícil superação. Atmosfera psíquica esta engendrada pelas expressões infelizes e danosas tantos dos "vivos" quanto dos "mortos", que se somam aos primeiros, aos magotes, em perfeita sintonia.
Lastimável manifestação do egoísmo e do cinismo (e mais o orgulho e a luxúria), desperdiçando nos salões, nas avenidas de pedra ou de areia, enorme quantidade de dinheiro, gastando-o nas fantasias (isso quando o folião se apresenta vestido), nas alegorias, nas bebidas alcoólicas, nas drogas, qual um deboche para com certos padecimentos humanos, retratados na enfermidade, na fome, no frio, no barraco miserável. Paradoxalmente, estes padecimentos muitas vezes estão presentes nas famílias de muitos carnavalescos, e ali permanecerão esperando pela volta do estulto.
Enfim: carnaval? Nada que o aconselhe.
Entretanto, àquele espírita para quem a Doutrina fora alento e vida, descerrando os painéis da Imortalidade e armando-o da sabedoria que propicia forças para a superação de si mesmo e vitória sobre as conjunturas difíceis, resta o recato pessoal e familiar, ficando longe da festa. E pode colaborar na minimização dos males decorrentes das loucuras dos foliões, mantendo-se em equilibrada e sadia vivência, também nesses dias, independentemente do local e com quem esteja, pois, assim agindo, proporcionará vibrações positivas, que funcionarão qual oportuna chuva que chega limpando a atmosfera de determinada região.
Ainda, dias dos mais próprios e necessários para a manutenção de atividades nas Casas Espíritas, a fim de que atuem como fontes geradoras de psiquismo positivo, tanto quanto como pronto socorro para as vítimas espirituais, ou como oásis de reconforto e amparo aos que ali se fizerem presentes, buscando atendimento ou contribuindo com seu trabalho de benemerência. Aliás, recomendação que se encontra assim expressa no Capítulo 17 do livro constante em nota de rodapé: "Nestes dias, nos quais são maiores e mais freqüentes os infortúnios, os insucessos, os sofrimentos, é que se deve estar a posto no lar de caridade, a fim de poder-se ministrar socorro".
E continua: "Certamente que o repouso é uma necessidade e se faz normal que muitos companheiros, por motivos óbvios, procurem o refazimento em férias e recreações... Sempre haverá, no entanto, aqueles que permanecem e podem prosseguir sustentando, pelo menos, algumas atividades da Casa Espírita, que deve permanecer oferecendo ajuda e esclarecimento, educando almas pela divulgação dos princípios e conceitos doutrinários com vivência da caridade."
Valoriza, pois, o milagre das suas horas, agindo em benefício próprio e do semelhante, enriquecendo-se de amor e coragem para a realização dignificante.
Carnaval? Fique longe dele!
A dita festa popular, que ainda guarda vestígios de barbárie e do primitivismo reinantes, tem suas origens nas bacanálias, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Anteriormente, os trácios entregavam-se aos prazeres coletivos, como quase todos os povos antigos. Mais tarde, apresentavam-se estas festas, em Roma, como saturnais. Depois, na Idade Média, aceitava-se com naturalidade: "Uma vez por ano é lícito enlouquecer", tomando corpo nos tempos modernos, em três ou mais dias de loucura, sob a denominação, antes, de tríduo momesco, em homenagem ao rei da alegria ...1
Até com uma certa e irresponsável complacência das autoridades policiais, a delinqüência abraça o vício, e o carnaval transforma-se num índice elevado de vítimas. Homicídios tresvariados, suicídios alucinados, paradas cardíacas por excesso de movimentos e exaustão de forças, desencarnação por abuso de drogas, alcoólicos e outros do gênero, estupros, abortamentos, vinculações obsessivas, brigas, agressões, enfim, violência de múltipla ordem.
Na visão espiritual, nuvem de vibrações psíquicas de baixo teor encobre os locais em que se realiza o frenesi da folia e espalha-se pela cidade, com densidade pastosa, escura, qual nevoeiro de difícil superação. Atmosfera psíquica esta engendrada pelas expressões infelizes e danosas tantos dos "vivos" quanto dos "mortos", que se somam aos primeiros, aos magotes, em perfeita sintonia.
Lastimável manifestação do egoísmo e do cinismo (e mais o orgulho e a luxúria), desperdiçando nos salões, nas avenidas de pedra ou de areia, enorme quantidade de dinheiro, gastando-o nas fantasias (isso quando o folião se apresenta vestido), nas alegorias, nas bebidas alcoólicas, nas drogas, qual um deboche para com certos padecimentos humanos, retratados na enfermidade, na fome, no frio, no barraco miserável. Paradoxalmente, estes padecimentos muitas vezes estão presentes nas famílias de muitos carnavalescos, e ali permanecerão esperando pela volta do estulto.
Enfim: carnaval? Nada que o aconselhe.
Entretanto, àquele espírita para quem a Doutrina fora alento e vida, descerrando os painéis da Imortalidade e armando-o da sabedoria que propicia forças para a superação de si mesmo e vitória sobre as conjunturas difíceis, resta o recato pessoal e familiar, ficando longe da festa. E pode colaborar na minimização dos males decorrentes das loucuras dos foliões, mantendo-se em equilibrada e sadia vivência, também nesses dias, independentemente do local e com quem esteja, pois, assim agindo, proporcionará vibrações positivas, que funcionarão qual oportuna chuva que chega limpando a atmosfera de determinada região.
Ainda, dias dos mais próprios e necessários para a manutenção de atividades nas Casas Espíritas, a fim de que atuem como fontes geradoras de psiquismo positivo, tanto quanto como pronto socorro para as vítimas espirituais, ou como oásis de reconforto e amparo aos que ali se fizerem presentes, buscando atendimento ou contribuindo com seu trabalho de benemerência. Aliás, recomendação que se encontra assim expressa no Capítulo 17 do livro constante em nota de rodapé: "Nestes dias, nos quais são maiores e mais freqüentes os infortúnios, os insucessos, os sofrimentos, é que se deve estar a posto no lar de caridade, a fim de poder-se ministrar socorro".
E continua: "Certamente que o repouso é uma necessidade e se faz normal que muitos companheiros, por motivos óbvios, procurem o refazimento em férias e recreações... Sempre haverá, no entanto, aqueles que permanecem e podem prosseguir sustentando, pelo menos, algumas atividades da Casa Espírita, que deve permanecer oferecendo ajuda e esclarecimento, educando almas pela divulgação dos princípios e conceitos doutrinários com vivência da caridade."
Valoriza, pois, o milagre das suas horas, agindo em benefício próprio e do semelhante, enriquecendo-se de amor e coragem para a realização dignificante.
Carnaval? Fique longe dele!
1FRANCO, DIVALDO PEREIRA _ Nas Fronteiras da Loucura
Carnaval - Festa de Índio
01 – Como poderíamos situar o Carnaval?
Embora a origem do Carnaval esteja nas antigas festividades do paganismo romano, sempre me pareceu uma festa de índio. Os foliões renunciam, momentaneamente, às conquistas da civilização e retornam à taba. É gente pulando inconseqüentemente, emitindo sons que, eventualmente, lembram música. Só falta a fogueira no centro do salão.
02 – Mas não são horas preciosas de espairecimento, em que as tensões acumuladas esvaem-se ante a alegria contagiante dos corações?
Diríamos mais apropriadamente alegria do álcool e das drogas, que correm soltos nos salões de momo. há um clima de "liberou geral", como costuma dizer a moçada.
03 – É tão grave assim?
Basta ler o noticiário policial desses dias. sobem os índices de crimes e acidentes, que não podem ser debitados a resgates cármicos. são meros frutos da imprudência gerada pelo entorpecimento dos sentidos e pela razão desdenhada. e há outro problema: os ambientes carnavalescos estão repletos de espíritos desajustados e viciosos. freqüentemente, processos obsessivos têm ali o seu início.
04 – Mas e a questão da sintonia? Se participo de um festejo carnavalesco, sem fazer uso de bebidas ou drogas, conservando o equilíbrio interior, o pensamento elevado, serei afetado?
Poderia, também, para maior garantia, entrar no salão com o evangelho na mão… Considere, entretanto, que com semelhante disposição dificilmente encontraria prazer no carnaval, que pede, fundamentalmente, o clima da taba.
05 – Essa condenação do carnaval não exprime uma atitude preconceituosa, que nega a liberdade de consciência preconizada pela doutrina espírita?
Liberdade não é sinônimo de inconseqüência ou indisciplina. A doutrina não interfere em nosso livre-arbítrio, mas lembra, com o apóstolo paulo, que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas as coisas nos convêm.
06 – Como agir em relação a familiares, filhos por exemplo, que apreciam o carnaval? Devemos proibir?
O fruto proibido é o mais desejado. Melhor exaltar outros valores, trazendo Jesus para o nosso cotidiano, em conversas e estudos, particularmente com a instituição do culto do evangelho no lar, uma reunião em família, onde estudamos a boa nova à luz do espiritismo, em bate-papo descontraído. A partir desse empenho haverá uma alteração natural no comportamento do grupo familiar, com a tendência de se privilegiar o que é útil, proveitoso, edificante…
07 – Uma mudança de motivação?
Essa é a palavra chave: motivação, a definir os rumos de nossa vida. aquele que aprecia o carnaval é livre para desenvolver suas próprias iniciativas, no melhor espírito da doutrina. Vibra, aguarda ansiosamente os festejos. Mas, na medida em que se ajuste aos padrões do evangelho, fatalmente pensará diferente.
08 – Buscará um retiro espiritual…
Seria uma opção. Mas há outras mais interessantes: A pintura do centro espírita, o socorro a necessitados, a construção de moradias para desabrigados, o atendimento de enfermos, a instalação de serviços numa favela… Há imensas possibilidades a serem consideradas para um aproveitamento desses dias de folga que o carnaval enseja, em mutirões envolvendo pessoas interessadas em servir. Essas iniciativas lhes permitirão, de uma forma muito mais eficiente, superar tensões, sem os riscos da inconseqüência, e desfrutar de alegria autêntica, sem dramas de consciência nem ressacas na quarta-feira.
Embora a origem do Carnaval esteja nas antigas festividades do paganismo romano, sempre me pareceu uma festa de índio. Os foliões renunciam, momentaneamente, às conquistas da civilização e retornam à taba. É gente pulando inconseqüentemente, emitindo sons que, eventualmente, lembram música. Só falta a fogueira no centro do salão.
02 – Mas não são horas preciosas de espairecimento, em que as tensões acumuladas esvaem-se ante a alegria contagiante dos corações?
Diríamos mais apropriadamente alegria do álcool e das drogas, que correm soltos nos salões de momo. há um clima de "liberou geral", como costuma dizer a moçada.
03 – É tão grave assim?
Basta ler o noticiário policial desses dias. sobem os índices de crimes e acidentes, que não podem ser debitados a resgates cármicos. são meros frutos da imprudência gerada pelo entorpecimento dos sentidos e pela razão desdenhada. e há outro problema: os ambientes carnavalescos estão repletos de espíritos desajustados e viciosos. freqüentemente, processos obsessivos têm ali o seu início.
04 – Mas e a questão da sintonia? Se participo de um festejo carnavalesco, sem fazer uso de bebidas ou drogas, conservando o equilíbrio interior, o pensamento elevado, serei afetado?
Poderia, também, para maior garantia, entrar no salão com o evangelho na mão… Considere, entretanto, que com semelhante disposição dificilmente encontraria prazer no carnaval, que pede, fundamentalmente, o clima da taba.
05 – Essa condenação do carnaval não exprime uma atitude preconceituosa, que nega a liberdade de consciência preconizada pela doutrina espírita?
Liberdade não é sinônimo de inconseqüência ou indisciplina. A doutrina não interfere em nosso livre-arbítrio, mas lembra, com o apóstolo paulo, que todas as coisas nos são lícitas, mas nem todas as coisas nos convêm.
06 – Como agir em relação a familiares, filhos por exemplo, que apreciam o carnaval? Devemos proibir?
O fruto proibido é o mais desejado. Melhor exaltar outros valores, trazendo Jesus para o nosso cotidiano, em conversas e estudos, particularmente com a instituição do culto do evangelho no lar, uma reunião em família, onde estudamos a boa nova à luz do espiritismo, em bate-papo descontraído. A partir desse empenho haverá uma alteração natural no comportamento do grupo familiar, com a tendência de se privilegiar o que é útil, proveitoso, edificante…
07 – Uma mudança de motivação?
Essa é a palavra chave: motivação, a definir os rumos de nossa vida. aquele que aprecia o carnaval é livre para desenvolver suas próprias iniciativas, no melhor espírito da doutrina. Vibra, aguarda ansiosamente os festejos. Mas, na medida em que se ajuste aos padrões do evangelho, fatalmente pensará diferente.
08 – Buscará um retiro espiritual…
Seria uma opção. Mas há outras mais interessantes: A pintura do centro espírita, o socorro a necessitados, a construção de moradias para desabrigados, o atendimento de enfermos, a instalação de serviços numa favela… Há imensas possibilidades a serem consideradas para um aproveitamento desses dias de folga que o carnaval enseja, em mutirões envolvendo pessoas interessadas em servir. Essas iniciativas lhes permitirão, de uma forma muito mais eficiente, superar tensões, sem os riscos da inconseqüência, e desfrutar de alegria autêntica, sem dramas de consciência nem ressacas na quarta-feira.
Foi retirado da página do Richard Simonetti (pinga fogo).
(http://www.richardsimonetti.com.br/pinga_fogo/carnaval.htm).
(http://www.richardsimonetti.com.br/pinga_fogo/carnaval.htm).
Prece de encerramento.
3 comentários:
Preconceito total com os roqueiros. Antes de existir o rock por acaso o mundo era melhor? Quantas guerras e crimes bárbaros foram cometidos por quem ouvia harpa e lira na antiguidade, quando orgias e toda espécie de baixaria era regrada a música "calma"? Quantos compositores clássicos eram perturbados mentalmente? Schumann tentou até o suicídio! Sou roqueira, adoro guitarra e sou cristã e seguidora de uma vida regrada. Não importa seu estilo pessoal e sim a qualidade dos seus pensamentos e sentimentos. Tem muito mais criminoso por aí de terno e frequentando ópera do que pervertidos usando camisas do iron maiden. Pense nisso. Pra tudo na vida tem hora e nem toda festa ou música animada é sinonimo de desregramento. Eu nem sequer bebo, fumo ou uso drogas e não gostaria de ser julgada mal por ouvir punk e metal.
Olá, nenhum momento generalizei... Ate porque seria hipocrisia minha, meu marido é como vc, adoro rock, não fuma e nem bebe...mais sabemos da energia, a diferença que proporciona com a musica mais calma...Você foi preconceituosa dizendo que tem mais pessoas de índole negativa escutando o tipo de musica que você não gosta...Quando falamos com crianças, mechemos com sentimento, temos exemplificar e a musica trás uma calma, uma tranquilidade que a musica mais agitadas não trás... tanto é quando vamos orar, rezar ou fazer uma prece colocamos musica mais edificantes... Estas aulas são exemplos, não se deve copiar totalmente, temos que ler e passar para as crianças, não da colocar nestas linhas todo e qualquer exemplo, ou falar tudo que temos que falar para as criança, por isso que para evangelizar tem que fazer os curso das obras básicas e cursos para evangelização...Aqui são tópicos... me desculpe se te ofendi, em nenhum momento quis julgas algo ou alguma pessoa, para quem me conhece sabe que sou uma pessoa que acredito não ter preconceito algum... Mais volto a repetir, para se lidar com crianças temos que exemplificar qualquer aula, e acredito que o modo mais claro para criança entender sobre vibração e usando as batidas das musica... Um grande abraço fraterno e obrigada pelas colocações me deu base para colocar algo que ja queria colocar, como nao copiar as aulas mais ler e colocar o toque pessoal de todos!
Olá Lu, Sou eu a I Love Rock and Roll, na verdade me chamo Monica. Realmente seu post me deixou muito triste por que não gostei da sugestão de dar a crianças papéis escuros e colocar para tocar rock e depois mandar elas olharem pelos papeis e sentirem o ambiente pesado. Quanto a sua resposta, preferi não me manifestar pra não criar polêmicas desnecessárias. Em nenhum momento disse que tem mais pessoas de índole negativa escutando música que não gosto, pelo contrário, quis enfatizar que caráter, índole não tem nada a ver com gosto musical, visto que antes de existir rock as pessoas escutavam flauta, harpa, alaúde e nem por isso eram mais espiritualizadas, visto as coisas terríveis que aconteciam naqueles tempos. Vim defender a minha arte, as músicas que tocam meu coração e que podem ser edificantes também pois me fazem felizes. Claro que rock e músicas agitadas não são convenientes a momentos de prece e meditação mas isso não é um fato desabonador. Ninguém vai de terno a praia e de biquini ao escritório ou coloca new age em aniversários. Tudo tem seu tempo e hora certa. Sugiro que dê uma olhada no projeto do Instituto Rolling Stone que através do rock tem transformado a vida de crianças carentes. O link tá no facebook http://www.facebook.com/institutorollingstone
Desculpe se ofendi, paz para vc e continue com o excelente trabalho levando a luz pra criançada.
Postar um comentário