SUBSÍDIOS PARA O EVANGELIZADOR:
“A auto-estima é nosso senso de dignidade pessoal. Origina-se de todas as idéias, sensações e experiências que reunimos a respeito de nós mesmos durante a vida: achamos que somos inteligentes ou idiotas; sentimo-nos desajeitados ou graciosos; gostamos ou não de nós mesmos”.
“... todos precisam ter auto-estima, pois esta afeta praticamente todos os aspectos da vida”.
“A adolescência é um dos períodos mais críticos da vida em termos de desenvolvimento da auto-estima. É a ocasião em que a pessoa precisa adquirir um senso firme de identidade – conhecer-se como um indivíduo singular, separado dos outros, ter um senso dos próprios talentos e criatividade e ser capaz de se sentir uma pessoa de valor, com objetivos futuros. Durante estes anos, a criança se torna adulta, saindo da dependência para a independência e criando autoconfiança. Surgem muitas questões básicas a respeito da idade adulta que se aproxima que devem ser encaradas com seriedade, se não forem completamente resolvidas. Incluem a escolha da vocação, planos para sustento próprio, casamento, filosofia de vida, independência da família e capacidade de se relacionar com o sexo oposto”.
Desenvolvimento: Vamos dividir a classe em grupos de 4 alunos cada. A cada grupo dê uma das histórias abaixo. Peça para que leiam e compreendam a história, porque depois você chamará alguém para contar a história para os demais com suas próprias palavras.
1) Daniel se achava feio e sem graça, e essa opinião se desenvolveu quando Daniel ainda estava na quinta série. Ele discutiu com uma colega de classe a respeito de quem podia ouvir um disco primeiro. A discussão foi grande e, no auge da confusão, a menina disse de repente, sem pensar: “Oh, você não passa de um gorducho feioso”. Daniel, influenciado pelo choque, gravou esse xingo e o aceitou como verdade. Daquele dia em diante, começou a se achar feio e sem graça para as garotas. O tempo foi passando e , apesar de as garotas o acharem bonito, aos vinte anos ele ainda acreditava que era feio só porque a colega da quinta série tinha dito. Daniel se achava feio, desajeitado e deslocado de todos os lugares. Só se sentia bem estudando sozinho. Se fosse obrigado a ir a uma festa, sentava-se a um canto, falava só quando falavam com ele e ia embora cedo. Era tímido demais com as garotas, nunca saía com elas e até desviava o olhar quando elas o olhavam. As garotas achavam Daniel muito bonito; mas, a atração inicial que sentiam por ele e as tentativas de contato logo eram desviadas em razão da indiferença que ele demonstrava. Ainda que os colegas o achassem simpático e inteligente, não se sentiam à vontade na companhia dele, pois Daniel parecia preferir ficar sozinho. Ele evitava olhar para as pessoas e dava a resposta mais breve possível a qualquer pergunta ou tentativa de iniciar uma conversa. Como os colegas de Daniel não tinham menor idéia do que se passava em sua cabeça, imaginavam que ele se sentia superior a eles, o verdadeiro bonzão, exatamente o oposto do que, na verdade, Daniel se sentia. Logo, desistiram de fazer amizade com ele, que, assim, passou a se sentir ainda mais isolado.
2) Muitas vezes, haviam dito a Tiago que ele era um fedelho destruidor e desagradável. Ele se considerava um garoto criador de problemas. Passava muito tempo pensando em maneiras de causar problemas; afinal de contas, essa era sua maneira de aparecer. Não parava de atormentar a irmã; escondia a bicicleta do vizinho; na escola, atrapalhava todas as aulas. Todos estes atos, e muitos parecidos mantinham sua auto-imagem como o “pirralho causador de problemas”. E ele desejava atenção tão desesperadamente que também estava disposto a aceitar as inevitáveis conseqüências dolorosas para ele.
3) Camila achava-se bonita, inteligente, popular e capaz. Assumia com entusiasmo qualquer tarefa, confiando na própria capacidade. Em razão de suas habilidades e da confiança que merecia, com freqüência era convidada para participar de atividades e projetos na escola, que aumentavam suas oportunidades de aprender, expandir suas habilidades e sua experiência de sucesso.
4) Isabel teve um começo difícil na escola: sua família mudou-se três vezes durante seu primeiro ano escolar. No final da primeira série, os colegas liam com facilidade livros para iniciantes, mas ela não sabia ler. Na 2ª série, naturalmente, foi colocada no grupo fraco em leitura. Começou a se sentir incompetente e incapaz de ler, enquanto via os outros grupos passarem depressa de um livro para outro. Quando chegava sua vez de ler, ficava muito nervosa, com medo de mostrar para os outros que não sabia ler. A hora da leitura era um desespero para ela. Morria de vergonha. Isabel inventava desculpas para não ler e, assim, ficava cada vez mais para trás. Na 3ª série, ela se achava uma “má leitora” e não tinha esperança de alcançar os colegas.
Assim que o voluntário contar sua história, agradeça a participação e veja se algum outro aluno quer complementar a história. Assegure-se que toda a classe entenda os pontos principais de cada história. Você pode anotar na lousa o nome de cada personagem, sua situação e como ele se sentia, para ajudar a fixação.
Para estimular a discussão e extrair o aprendizado que estas histórias apresentam, faça então perguntas à classe. Aqui vão algumas sugestões:
- 1) Se você estivesse no lugar de Daniel, o que você faria? Você ficaria cada vez mais sozinho?
- 2) Se você estivesse no lugar de Tiago, com todo mundo achando que você não prestava para fazer coisa alguma e só sabia arrumar encrenca, o que você faria? Você reforçaria esta imagem ainda mais, perdendo a chance de se fazer respeitado no futuro?
- 3) Por que a Camila se sentia tão inteligente e segura e tinha coragem de participar e de se destacar em todas as atividades na escola? Você acha que os elogios dos pais, professores e amigos ajudaram?
- 4) Se você tivesse uma amiga como a Isabel que tinha dificuldades para aprender a ler, o que você poderia fazer para ajudá-la?
- 5) Você acha que uma pessoa inteligente pode ir mal na escola só porque ela acha que é burra, ou porque todo mundo fica falando que ela é burra?
- 6) O que você acha que os pais devem falar para seus filhos para ajudá-los na escola?
- 7) A opinião dos pais sobre seus filhos interfere no que as crianças acham de si mesmas?
- 8) Vendo o quanto Daniel sofreu com o xingo que recebeu da amiga, você acha que é certo falarmos mal de nossos colegas e irmãos?
- 9) Você deixa a opinião dos outros influenciar na sua vida?
Teatro: Peça para que alguns voluntários representem as histórias que lemos. Podem inventar personagens complementares, como os pais, os amigos, professores etc. Cada peça deve ter no máximo 3 minutos. Dê um tempo de 10 minutos para que os alunos se organizem.
3 comentários:
Adorei, meu neto esta igual ao Tiago, por isso começarei suas aulas com a historia de Tiago.
ele tem 5 anos, ainda não ler vc acha que ele entenderá?
beijo
Oi Josy, acredito que ele entenderá sim, essas crianças de hoje estão muito ha frente né...rsssss
oi. tia lu e sempre evangelizei quando eu estava no Brasil, mas a 8 anos estou dos USA e tive 3 meninos. o meu mais velho ja tem 6 anos, o 2 tem 3 anos e o ultimo 1 aninho. e agora quero evangelizar os meus filho e eu nao tenho material para usar.
gracas A Deus encontrei vc aqui, com tanto subsidio , adorei.
agora vou ter que saber como comecar. Vc pode da uma dicar.
obricada...e parabens pelo trabalho lindo que vc faz. meu e-mail eh albuquerquewan@hotmail.com
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