1 Evangelização
para Bebês: como tudo começou...
Essa tarefa surgiu da idéia de se
construir um espaço onde pudesse ser trazida a realidade espiritual e
evangélica através de uma linguagem que tocasse esses corações infantis. Nesse
sentido optamos pelo nome “Evangelização para bebês” e não “Berçário”, pois o
objetivo não era a construção de um espaço onde as crianças ficassem para que
suas mães/pais pudessem assistir o estudo em outro local. Ao contrário, pensamos que a presença
dos pais em conjunto com os bebês no processo de evangelização de seus filhos
seria fundamental. Para, além disso, “evangelização para bebês” retrata melhor
o trabalho desenvolvido com conteúdo evangélico-doutrinários, semelhante ao que
é realizado nos demais ciclos da evangelização infantil.
Inicialmente essa evangelização para
bebês foi pensada em um ciclo para crianças de 0 a 2 anos e 11 meses. Porém
percebeu-se que é uma variação de idade muito grande nessa faixa etária, com
fases de desenvolvimento bem diferenciadas. Optamos então, no segundo ano da
tarefa em organizá-la em dois ciclos em 2009, que chamamos de Ciclo
A - de 0 a 1 ano e 10 meses
(aproximadamente) e Ciclo B – de 1
ano e 11 meses a 3 anos. A divisão não é puramente cronológica, ela vai
variar de acordo com cada criança e seu desenvolvimento, podendo a criança com
menos de 1 ano e 11 meses passar para o ciclo B.
2 Quem é
evangelizado: bebês e a presença da mamãe e do papai...
Ao pensar na Evangelização para Bebês
entendemos que alguém fundamental precisaria participar desse momento: as mães
e/ou os pais. Mais do que trazer seus
filhos, os pais tem presença ativa no processo de evangelização dos mesmos e
participam da aula tanto quanto os bebês.
Essa importância se traduz basicamente
em três aspectos:
a) A evangelização para bebês traz
um conteúdo evangélico-doutrinário que evangeliza tanto os bebês quanto suas
mães/pais.
b) Para além do conteúdo, a
evangelização, tanto pelo seu aspecto vibracional como pela proposta de
construir uma comunicação com a criança, tem como consequência um trabalho no
vínculo entre mãe/pai e o bebê: os aproxima e facilita a recepção harmoniosa
desse espírito em seu processo reencarnatório.
c) Apresenta possibilidades para os
pais continuarem o processo de evangelização em casa, com o estímulo ao Culto
do Evangelho no Lar incluir também o bebê, partindo da repetição das
experiências vividas na aula da semana.
No Ciclo A, a presença das mães e/ou pais é fundamental: garante a
ambientação da criança e os aspectos relatados acima são trabalhados.
No Ciclo B, a presença de mães e pais é desejável, mas varia de acordo
com a adaptação de cada criança e necessidade da família. Esse ciclo B é também
uma transição para o próximo ciclo de evangelização infantil, onde não haverá
presença dos pais, então entendemos ser importante que a ausência da mãe/pai
seja feita de forma gradual.
3 Como se comunica
com bebês: o emocional, o sensorial e o lúdico
A evangelização nessa faixa etária
não é somente um espaço apenas para ambientação das crianças à casa espírita e
à realidade espiritual, é também momento de trazer a partir dos registros
sensorial, emocional e lúdico o conteúdo evangélico-doutrinário.
Na busca de bem realizar as aulas de
Evangelização para Bebês, um aspecto importante que verificamos para atender a
essa faixa etária, foi à organização do ambiente, buscando auxiliar o registro
do conteúdo evangélico-doutrinário, como anteriormente colocamos. O espaço é
planejado e construído para facilitar os encontros, interações e trocas (mãe/pai
e crianças) e principalmente o bem estar de todos do grupo. As crianças junto
aos responsáveis constroem a sala com sua participação ativa.
No espaço sala não há cadeiras e
mesas, o chão é coberto por tapetes coloridos (EVA) para que as crianças
circulem livremente. A cada aula, quando há atividades (de registro), as mesmas
vão servindo de decoração e ambientação da sala, proporcionando a participação de
todos na sua construção, gerando assim maior pertencimento do ambiente.
O material para as crianças Ciclo A
- de 0 a
1 ano e 10 meses (aproximadamente) que escolhemos como ponto de partida foi
o “Tapete Contador de Histórias”, nele
inicialmente trazemos o conteúdo da aula. A escolha por esse recurso é que é um
material adequado a faixa etária, de manuseio seguro para as crianças, pois é
feito de pano, bem lúdico e que possibilita grande interação entre elas. Na vivência com os bebês, utilizamos também
como recurso nas aulas, bonecos de pano e muita música. Nas aulas, por exemplo,
de reino vegetal e mineral, todos experimentaram legumes, frutas, verduras,
sentiram o contato com a terra, com a água e sempre bem juntinho aos pais e ou
responsáveis.
Já no material do Ciclo B – de 1 ano e 11 meses a 3 anos nós
também utilizamos o tapete, mas o
principal recurso é a Contação de História com a participação das crianças.
Buscamos a cada estudo ambientar a sala (cidade de Nazaré, Jerusalém, o
deserto, o poço de Siloé, etc.) e é nesse espaço de vivência das
parábolas e histórias que acontece a Evangelização. Para melhor assimilação o
material concreto é adequado ao tamanho das crianças, construímos cubos vazados
que são casas (onde elas entram), o poço de Siloé onde elas buscam água para
fluidificar, Jesus (em forma de boneco), etc.
Acreditamos que é na vivência desse
espaço rico e em constante transformação (com Evangelho, afeto, atenção e
interação) que as crianças estabelecem relações, registram e sentem o conteúdo
evangélico-doutrinário.
4 Como se organizam
as aulas : importância da rotina
As crianças na faixa etária dos dois
ciclos precisam de uma rotina estruturada e previsível para que consiga
compreender o momento em que está inserida. Juntamente à rotina, a atenção
concentrada em uma mesma atividade não passa de 15 minutos.
Assim, organizamos as aulas de ambos
os ciclos em 4 tempos de 15 minutos. Cada parte da aula tem um objetivo e ao
fim de cada uma inicia-se outra com características diferentes para que o bebê
consiga manter sua atenção em uma atividade agradável. Os quatro tempos são:
1º) Integração – no qual as crianças e pais/mães são recepcionadas e a
música tem um lugar central.
2º) História – onde o conteúdo da aula é trazido através da narração de
histórias, usando como recurso didático o “tapete contador de histórias” (ciclo
A) e a “história participativa” (ciclo B)
3º) Experimentação
- atividade prática onde os bebês
experimentam sensações, emoções e desenvolvem ações que complementam o conteúdo
trazido na história.
4º) Socialização - momento de encerramento da aula, realizado
após a prece, em que há espaço para troca entre mães/pais sobre questões
ligadas à recepção deste espírito e
evangelização da família, bem como troca
e compartilhamento entre os bebês maiores, onde é feito um lanche coletivo.
Observação: há aulas, especialmente
no ciclo B, que os momentos 2 e 3 se misturam em apenas um momento. Quando isso
ocorre, esse momento único apresenta etapas, sempre respeitando o tempo máximo
de 15 minutos em cada uma.
Experiência de 2008:
Tivemos um único ciclo e a programação
previu apenas um semestre de temas, pois suas atividades iniciaram-se em agosto
de 2008.
Os temas foram construídos explorando os
dois primeiros princípios fundamentais da Doutrina Espírita: Deus e Jesus. O
tema Deus foi mais explorado, trabalhado conjuntamente com outros temas,
especialmente Evolução.
Percebemos nesse ciclo a necessidade
de sempre pensar em atividades que contemplem os bebês menores (até 11 meses) e
os maiores de 1 ano, que apresentam necessidades e interesses diferenciados.
Experiência de 2009: Ciclo A e Ciclo B.
Nesse ano optou-se por fazer uma programação
anual diferente para cada ciclo, de acordo com as faixas etárias descritas
acima.
No Ciclo A seguiu-se o mesmo roteiro do ano
anterior, tendo como tema geral “Deus”,
entretanto com mais tempo para trabalhar os diversos aspectos das aulas da
programação. Estamos em constante avaliação e repensar dessa evangelização para
bebês e estamos refletindo o que seria melhor nesse Ciclo A: se um ano de
programação mais gradual ou 6 meses de programação que se repetiria. Essa repetição seria importante para que o
aprendizado se fixe melhor nos corações e mentes infantis, pois em 6 meses
nessa etapa da reencarnação o desenvolvimento é surpreendente e bastante rápido
e a aula repetida seria percebida pelas crianças de forma bastante diferente
que há meses atrás.
No Ciclo B o tema geral trabalhado é “Jesus”. A proposta foi iniciar do
nascimento de Jesus, Jesus-bebê, Jesus-menino até Jesus adulto. O temário foi
pensado com o objetivo de trazer Jesus para próximo dos corações infantis,
tornando-o um amigo sempre presente, reconhecendo-o como nosso irmão mais velho
com muito a nos ensinar. O primeiro semestre de 2009 trabalhou diversos temas
com Jesus criança e no segundo semestre Jesus cresce e se torna adulto, se
apresentando como o grande “contador de histórias”, possibilitando introduzir
as parábolas.
2 comentários:
Boa tarde poderia me passar algumas possíveis aulas para ciclo A
Bom dia aula sobre a Natureza, ciclo B.Poderia me auxiliar.Obrigada.
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