Prece Inicial
Primeiro momento: distribuir a cada evangelizando pequenos saquinhos com seis ou mais feijões de várias cores (brancos, marrons e pretos) e tamanhos diferentes. Solicitar que eles os observem e tentem encontrar dois feijões absolutamente iguais.
Obs.: a técnica utilizada foi baseada na história Os grãos de arroz , do livro A vida ensinou, de Maria Ida Bachega Bolçone, editora EME.
Segundo momento: explicar que assim como não existem dois feijões idênticos, também não há pessoas idênticas. Dialogar com eles a respeito de nossas diferenças físicas e espirituais.
§ características físicas (alto, baixo, loiro, moreno);
§ raças;
§ religiões;
§ gostos e idéias diferentes (torcem por times diferentes, gostam de frutas diferentes);
§ pessoas portadoras de necessidades especiais (surdos, cegos, mudos, paralíticos - com deficiências físicas, mentais);
§ lembrar que Deus criou todos os espíritos simples e em ignorância (todos iguais), que evoluímos através de nossas atitudes positivas, por isto não existem dois espíritos iguais.
Terceiro momento: perguntar se alguém conhece uma pessoa que precise de algum cuidado especial e como ela é tratada pelas outras pessoas. Lembrar que não devemos discriminar ninguém, que todos somos filhos de Deus, espíritos em evolução, que devemos amar e respeitar a todos, que aqueles que tem alguma necessidade especial são espíritos muito corajosos; que Deus não comete injustiças.
Quarto momento: perguntar quem viu as PARAOLÍMPIADAS na TV e se sabem o que é. Explicar que é um acontecimento esportivo onde pessoas com deficiências físicas ou mentais participam. Há pessoas cegas competindo em corrida, arremesso de vara, judô; pessoas em cadeiras de rodas jogando basquete (cadeirantes); homens e mulheres sem braços ou sem pernas nadando. Uma Olimpíada para portadores de necessidades especiais.
As Paraolimpíadas são disputadas a cada quatro anos, nos mesmos locais onde são realizadas as Olimpíadas, usando a mesma estrutura montada para os atletas olímpicos. São 19 modalidades em disputa por atletas portadores de deficiências, divididos em categorias funcionais de acordo com a limitação de cada um, para que haja equilíbrio.
Nas Paraolimpíadas, em Atenas, no ano de 2004, em 11 dias de competição em Atenas, a delegação brasileira conquistou 33 medalhas, sendo 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze, uma campanha bastante superior a dos Jogos de 1984 (realizado em duas cidades, Stoke Mandeville, na Inglaterra, e Nova York, nos Estados Unidos), até então o melhor desempenho nacional, com 28 pódios (07 ouros, 17 pratas e 04 bronzes).
Quinto momento: sugerimos contar a história A Panela, do livro E, para o resto da vida... , de Wallace Leal Rodrigues, Casa Editora O Clarim. Após, comentar as atitudes dos personagens envolvidos. Vide abaixo a história.
Sexto momento: cada criança desenha sua mão em uma folha em branco e coloca suas digitais ou sua digital (levar almofada para carimbo). Lembrar que assim como não existem duas digitais iguais (pontas dos dedos), não existem duas pessoas iguais. Ao final, recortar os desenhos e colar em forma de coração em um papel pardo ou outro papel maior, escrevendo no centro: "Somo especiais. Somos filhos de Deus".
Prece de encerramento
Sugestão de texto:
Somos todos iguais
Cada pessoa é um espírito em evolução. Deus ama seus filhos igualmente, independente de sermos altos, baixos, gordos, magros, bonitos, feios, ricos, pobres, negros, brancos, com necessidades especiais.
Devemos amar e respeitar o próximo, independente de como ele seja ou qual a sua religião. É importante que colaboremos para uma sociedade sem preconceitos, onde todas possam viver em paz.
História:
A panela
A velha empregada de minha família era uma preta.
Chico, o neto dela - como é costume acontecer quando não temos irmãos - era o meu companheiro constante de brincadeiras e folguedos.
Em tudo quanto fazíamos, a parte de Chico era sempre a mais pesada, secundária e passiva.
Ele tinha que dar e, nunca, que receber.
Um dia corri para casa, à saída da escola porque Chico e eu tínhamos projetado construir uma vala que fosse do poço à lavanderia.
Sem darmos por isso, cada um de nós assumiu logo o seu papel - como de costume.
Chico era o "condenado" a trabalhos forçados, suando e repetindo esforços. E eu o implacável guarda, com uma vara na mão!
A maneira como eu estava maltratando aquele menino negro era quase digna de um adulto imbuído de preconceito de cor.
Foi quando a nossa preta velha chamou-nos:
Corremos para a cozinha. A panela estava no chão e nós a agarramos com ambas as mãos. Mas com um grito a largamos, perplexos de que ela nos tivesse mandado pegar em uma coisa que - era evidente que sabia - estava extremamente quente.
Em seguida, em graves e brandas palavras, tão nítidas e simples que até hoje as posso escutar, partindo do fundo do tempo, disse-nos assim:
- Ora! Vocês dois se queimaram. Que coisa mais engraçada! A cor da pele de vocês é tão diferente, mas a dor que estão sentido é igual para ambos, não é verdade?
Concordamos que sim.
E nunca mais pude me esquecer desse episódio que, sem dúvida alguma, fez de mim uma pessoa diferente.
A Terra é a nossa grande casa de ensino. Conservar a criança sem educação dentro dela é tão perigoso quanto abrir uma escola para a consagração da indisciplina. (Aura Celeste)
Rodrigues, Wallace Leal V. E, para o resto da vida... Casa Editora O Clarim
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