O MUNDO EM QUE VIVEMOS



OBJETIVOS:
Conscientizar os alunos da influência que a sociedade, os amigos e os meios de comunicação exercem sobre nossas vidas, contribuindo, muitas vezes negativamente, para a formação de nossos valores pessoais. Alertá-los de que são pessoas livres e que o caminho a seguir é uma decisão pessoal, que só cabe a eles fazer, independentemente da opinião dos outros. Se quisermos mudar a realidade do mundo, necessitamos antes mudar a nós mesmos.

1. DESENVOLVIMENTO DO TEMA:
Se percebermos bem, as pessoas estão a toda hora tentando convencer as outras de alguma coisa. A fábrica de automóveis XYZ está  sempre querendo dizer que seus carros são melhores.
O Zagalo passou a Copa do Mundo inteira tentando convencer que o esquema tático dele era infalível. Já a mãe tenta convencer o filho todo o dia a estudar e o chefe no serviço precisa convencer os funcionários a trabalharem mais. Os políticos nas eleições dizem que vão resolver todos os problemas para de elegerem. As grifes da moda inventam a cada dia roupas diferentes e tentam nos convencer que precisamos comprar. É natural o ser humano procurar satisfazer as suas necessidades de alimento, de abrigo, conforto e lazer e também buscar o seu próprio crescimento.
Para isso, dependem dos outros. Se, numa casa, o pai quer assistir ao jogo de futebol e a mãe à novela, ambos tentarão convencer um ao outro do que é melhor. Muitas vezes, fica muito claro quando o outro está defendendo os seus interesses. Muitas vezes não. Ao invés de falar “comprem nossas  roupas porque precisamos vender”, as lojas e os comerciantes dizem : “você vai ficar lindo com esta roupa”, de modo que, para atender uma necessidade deles, eles incutem em nossas cabeças que nós estamos precisando de alguma coisa, que é exatamente o que eles tem para vender.
Mas qual é o problema disto tudo? O problema é que muitas pessoas acabam prejudicando as suas vidas por não terem consciência desta realidade. Deixam-se enganar facilmente e são marias–vai–com–as–outras. Se (aparentemente) todo mundo quer, eu também quero. Se aparentemente todo mundo acha certo, eu também acho. Seguindo deste jeito, elas simplesmente deixam de pensar e agem como todo mundo age, porque não querem ser diferentes, ou porque não tem coragem de defender seus próprios pensamentos. Precisamos aprender a nos respeitar e também a respeitar os outros. Se acho que fumar faz mal, não devo fumar porque todos fumam  e vão tirar sarro de mim se eu não fumar. Se não tenho dinheiro para comprar roupas caras de grife, não vou me sentir inferiorizado, nem vou comprar o que eu não posso pagar.
As pessoas que assistem a programas de TV, que só mostram violência, crimes e coisas erradas, sentem-se agitadas e tristes e podem achar que no mundo só existe coisa ruim, o que é um tremendo engano. Enquanto estes irmãos menos felizes se perdem no erro, uma grande maioria está trabalhando, estudando, ajudando os outros etc. Cada um se liga ao que achar melhor. O mundo nos reserva excelentes oportunidades de crescimento e felicidade. Ë só ir atrás e procurar no lugar certo. Se você quer progredir, trabalhar e ser feliz, procure amigos que pensem igual a você, procure se relacionar com pessoas que também estão tentando melhorar, participe de uma religião que lhe dê bons ensinamentos e coragem para superar os desafios que aparecem.
Se queremos mudar a realidade do mundo, precisamos antes mudar a nós mesmos. Se pararmos para observar o mundo, é fácil chegar a uma conclusão: o mundo tem que mudar. Os jovens procuram nas drogas o que a vida não pode lhes dar, busca-se a violência como forma de resolver os problemas, tornando-se perigoso andar pelas ruas. Em alguns lugares do mundo há muita fome, guerras, e até assassinatos de inocentes. E para isso cada um de nós tem que fazer a sua parte mudando os nossos pensamentos e as nossas atitudes sempre para melhor.
2. TEXTO DE APOIO
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou cartório
Um nome...estranho.
Meu blusão  traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje, não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo e xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde à caleça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem – anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Troca-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora seu anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua universal ou em qualquer língua
( Qualquer principalmente )
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou – vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Pago para anunciar, para vender
Em bares, festas, praias, pérgulas, piscinas,
E bem a vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espalhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado deforma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não convém o título de homem.
Meu nome é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisadamente.
( Carlos Drummomd de Andrade, in Jornal do Brasil, 16-1-1982, Rio de Janeiro, Caderno 8. )
BIBLIOGRAFIA: O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO – CAP. 17: O HOMEM NO MUNDO / CAP. 18 : A PORTA ESTREITA

by: SEARA BENDITA INSTITUIÇÃO ESPÍRITA

0 comentários:

Postar um comentário