A figura do evangelizador é de importância
fundamental na Evangelização. Ele é o pólo de energia emuladora que criará o
ambiente ideal para o trabalho. Suas palavras, seus gestos, seus pensamentos e
sentimentos são extremamente importantes no processo educativo. Será ele que
propiciará as atividades adequadas para que ocorra a interação da criança com o
meio físico e espiritual, permitindo que ela vivencie as atividades, a fim de
construir seu próprio futuro.
Para a execução desta tarefa de tão grande
responsabilidade, os evangelizadores espíritas, cada vez mais conscientizados da
importância do seu trabalho, estudam a Doutrina Espírita, aprofundando
conhecimentos doutrinários; e se aperfeiçoam ou se preparam em técnicas de
ensino, para melhor atender às exigências do processo
ensino-aprendizagem.
Aliás, a única exigência, em termos de conhecimento,
que se deve fazer em relação ao preparo daquele que se propõe evangelizar, é a
do domínio prévio do Espiritismo. Quem não tiver este domínio não está em
condições de atender aos objetivos da tarefa, ainda que possuidor de grande boa
vontade. Esta é uma maneira de assegurar o cumprimento dos objetivos propostos
para a Evangelização Espírita das novas gerações.
A falsa concepção de que o candidato a
evangelizador, tendo boa vontade, dispensa os conhecimentos doutrinários tem
causado muitos prejuízos à eficiência do trabalho.
Além do mais, a boa vontade se manifesta exatamente
pelo esforço que o candidato faz para adquirir os conhecimentos que são
indispensáveis ao seu ministério. Boa vontade de aprender, de se aprimorar, de
enriquecer seus recursos pessoais (intelectuais e afetivos), esta sim, seria uma
qualidade básica para outras aquisições que venha a conquistar.
Devemos ressaltar que não basta somente ser um
profundo conhecedor do Espiritismo para ser um evangelizador, é preciso também
um amor infinito, aliás, segundo Pestalozzi, o amor é o eterno fundamento da
educação. O amor é condição sem a qual não se pode promover a Evangelização
Espírita das novas gerações. Amor este que nos leva a trabalhar, diariamente,
nossa reforma íntima, pois o evangelizador espírita deve ser aquele que, antes
de falar, exemplifica; antes de teorizar, sente e antes de ser um educador, é um
ser humano.
O amor pressupõe renúncia, dedicação, fé, perdão
sincero, perseverança, entre outros sentimentos de igual valor, para que se
concretize a obra de educação dele fundamentada.
Quando, como educadores, começamos a enumerar
dificuldades, obstáculos instransponíveis, problemas pessoais e circunstâncias
impeditivas à completa realização da nossa tarefa, significa que ainda não somos
capazes de amar no sentido pleno desta palavra. Meditemos nisso!
“Caros Evangelizadores,
Fomos convocados a realizar uma obra específica no
campo do bem, cujo Mestre e responsável maior pela sua execução coloca ao nosso
alcance os recursos necessários, respeitando, porém, a nossa disposição de
agir.
São poucos, por hora, os que dispõem à ação. Mas já
aprendemos com Jesus a lição do fermento que á capaz de levedar a massa toda!
Sejamos o fermento pela força da nossa convicção e da nossa certeza na
excelência da tarefa a que nos propomos.
Outros se juntarão a nós, se dermos o exemplo da
perseverança e da fidelidade aos princípios estabelecidos para este trabalho
pelo Cristo de Deus. O nosso exemplo pode arrastar multidões pela força que lhe
é intrínseca, pelos objetivos que norteiam a tarefa.
Quem caminha rumo à espiritualização, com certeza
não caminha só, como também, em boa companhia. Quem não desiste no meio do
caminho, encoraja os que o acompanham a prosseguir, colaborando para que a
caravana não se enfraqueça e siga, unida, até o fim.
Perseverar no trabalho anônimo e produtivo que não
recebe os aplausos do mundo, porque não fica na evidência social, é dar
testemunho de alta compreensão dos planos de Jesus, relativos à nossa melhoria
espiritual. A tarefa de evangelização da criança e do jovem é um desses
trabalhos. Plantar, na mente e nos sentimentos da nova geração, a semente de uma
sociedade altruísta é investir no futuro, com apreciáveis possibilidades de
êxito.
Para tanto, necessita o evangelizador estar
convencido da importância e do alcance do seu trabalho, condição sem a qual não
terá forças suficientes para enfrentar os obstáculos de várias naturezas que
comumente se antepõem às nobres realizações.
Fortificado no seu ideal, poderá o evangelizador
cumprir tarefa socioespiritual de grande valia e arrastar, com seu exemplo,
aqueles que, embora ainda indecisos, se inclinam a seguir um bom
modelo.”
(Cecília Rocha, Pelos Caminhos da Evangelização –
FEB.)
Bibliografia:
Material IV Encontro de
Evangelizadores – FEB
Pelos Caminhos da Evangelização − Cecília Rocha – FEB
Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB
O Livro dos Espíritos −Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri
Entrevista com Divaldo Franco – A Importância da Evangelização – IDE
Pelos Caminhos da Evangelização − Cecília Rocha – FEB
Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB
O Livro dos Espíritos −Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri
Entrevista com Divaldo Franco – A Importância da Evangelização – IDE
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