Introdução
Hoje nós vamos estudar as conseqüências de um dos mais graves erros que uma pessoa pode incorrer, levada pela falta de conhecimento das leis de Deus, pela falta de resignação dos desígnios superiores, pelo desespero, pelo materialismo...
Hoje nós vamos estudar o suicídio.
Desenvolvimento
O suicídio representa um ato de suprema rebeldia às leis divinas. As suas conseqüências para o futuro do espírito que o cometeu serão as mais amargas e prejudiciais que se possa imaginar.
Causas do suicídio
De qualquer situação a causa do suicídio é a ausência de fé.
“A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas; numa palavra, são as maiores incitantes de suicídio, ocasionam a covardia moral.” (Kardec – ESSE – cap. V, item 16)
Essa carência é a resultante da falência das religiões e filosofias que em vez de aproximarem o homem de Deus, o afastam Dele, em virtude das idéias errôneas e absurdos que divulgam. Fazem com que os homens duvidem da justiça divina, tornando-os incrédulos e propensos a aceitar a doutrina materialista. Se o homem tivesse realmente fé não cometeria o suicídio, porque entenderia que todos os seus sofrimentos e dificuldades são passageiros e que acima de sua própria vontade está a de Deus. A causa básica é, pois, a falta de fé.
Outras causas podem ser alegadas como explicação, tais como:
Medo (dos sofrimentos, de outros homens, etc).
Revolta (contra as provas, a vida).
Desilusão (descrença em si mesmo e nas pessoas).
Obsessão (influência dos espíritos obsessores, que induzem a pessoa ao suicídio, seja por vingança ou simples vontade de fazer o mal).
Conseqüências do Suicídio
O espírito suicida irá encontrar no mundo espiritual um sofrimento muito grande, bem maior que aqueles que o levaram a por fim à vida do corpo.
De forma geral, são estas as conseqüências:
Desilusão: o suicida sentirá uma grande desilusão ao sentir-se vivo.
Efeitos da decomposição do corpo: a maioria dos suicidas passa por este sofrimento, segundo o relato feito por eles mesmos, através de comunicações mediúnicas. É um dos momentos que mais causa pavor ao espírito. No comentário à pergunta 957 de ‘O Livro dos Espíritos’, Kardec explica as causas deste estado.
Reprodução incessante da cena do suicídio: este fato, indelevelmente marcado em seu perispírito, irá acompanhá-la por muito tempo. No relato feito por suicidas no livro ‘Memórias de um suicida’, psicografado por Yvone Pereira, pode-se avaliar como são angustiantes as sensações que padecem. Em todas as comunicações, os espíritos afirmam sentir constantemente o sofrimento da hora da desencarnação.
Perturbação e desequilíbrio geral: os efeitos do seu gesto o levará à perturbação mental. O suicida sente-se vivo e ao mesmo tempo quer morrer, não se conformando em continuar vivendo.
Aproximação de outros suicidas: por lei de afinidade, atrairá outros suicidas e juntos sofrerão não só as dores, como também a visão da tormenta dos companheiros.
Necessidades físicas: estas o acompanham sempre e sentirá fome, sede, dores, sono, etc.
Amparo e socorro espiritual
Os suicidas recebem evidentemente o amparo e socorro espiritual dos Espíritos que são encarregados dessa tarefa. Entretanto, por serem muito apegados à matéria, por não desejarem a vida espiritual, e ainda pelas perturbação que o suicídio acarreta, não sentem a aproximação das entidades amigas. Isto só irá acontecer depois de longo processo de expiação que devem passar.
Havendo então condições, são recolhidos a hospitais existentes no mundo espiritual para receberem o atendimento de que necessitam.
Retorno à Terra – reencarnação expiatória
Os espíritos suicidas retornam à vida física em reencarnações expiatórias.
Irão passar por muitas dificuldades e por apresentarem o perispírito lesado, apresentarão o corpo físico com deficiências. Assim, os que se afogaram apresentarão problemas no aparelho respiratório; os que se jogaram debaixo das rodas dos veículos, poderão ter o corpo paralítico, etc. O espírito mutilado estampará no corpo as lesões que apresenta. Essas reencarnações representam a maneira de expiarem o erro que cometeram e não devem ser encaradas como um castigo, mas como uma oportunidade, já que sem elas o sofrimento se prolongaria por muito tempo no espaço. A reencarnação é, nesses casos, um verdadeiro atalho para a caminhada no progresso que todos têm que cumprir.
Suicídio indireto (Inconsciente)
André Luiz no livro ‘Nosso Lar’ descreve a sua desencarnação e os sofrimentos que passou no plano espiritual, bem como revela que foi considerado suicida pelos mentores espirituais. Realmente, André Luiz não cometeu o suicídio intencional, mas um suicídio indireto, inconsciente, ocasionado pelos excessos e descaso com o corpo físico.
Existem, portanto, outras formas de suicídio indireto: excessos e desregramentos que desgastam o corpo, tóxicos, alcoolismo, fumo, alimentação inadequada, rancor, pessimismo, mágoa excessiva, descuidado com a saúde, risco de vida desnecessário. (Neste último caso, citamos como exemplo as pessoas que arriscam a vida em corridas de automóveis, trapézio, malabarismo a grandes altitudes, excesso de velocidade em qualquer veículo, etc. As corridas de automóveis podem ser bonitas e emocionantes, mas para o piloto é um risco de vida desnecessário.)
Conclusão
As religiões em geral condenam o suicídio, mas unicamente o Espiritismo esclarece e explica sobre as conseqüências desse ato. Através das comunicações mediúnicas com dos suicidas, pode-se constatar que o fato de alguém por termo à própria vida não resolve nenhum problema e ainda agrava-os, e comete enorme erro àquele que assim procede.
A Doutrina Espírita ensina a todas as criaturas que a vida na Terra é de grande importância para o progresso espiritual e, valorizando a abençoada oportunidade da reencarnação, concita os homens ao trabalho profícuo em busca do seu auto-aperfeiçoamento.
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