A LOJA DE DONS


Certo dia, Dorothy, andando pelas ruas da Cidade de Oz, sente-se atraída pela placa de uma loja, onde estava escrito em letras verdes: Loja de Dons. Imediatamente ela pára e entra, já perguntando:
- Que tipo de dom tem para vender?
Uma jovem balconista, vestida avental de verde, levanta os olhos, rindo:
- Todos que Deus dá aos homens.
- Todos?!?...Quanto custa cada um?
- Nada. Tudo de graça.
- Posso levar qualquer um?
- Claro. Temos aqui caixas cheias de esperança, de sabedoria, de fé, de confiança, de amor, de perdão, de felicidade. É só escolher.
Dorothy fica entusiasmada.
- Por favor, quero uma boa dose de amor, de sabedoria, bastante fé e felicidade para mim, minha família e para todos.
- Aguarde um momento, vou buscar tudo que pediu.
Assim falando, a pequena balconista, de olhos claros e cabelos cacheados, corre até um armário no fundo da loja, e volta com um pacotinho do tamanho de uma caixa de fósforos:
- Pronto, o que pediu está aqui dentro.
Dorothy, surpresa:
- Tudo, aqui!... Como coube num embrulho tão pequeno?
A balconista, sorridente:
- Minha pequena, na Loja de Dons não oferecemos os frutos, apenas as sementes.
Dorothy pega a caixinha com alegria. Agradece a balconista, e deixa a loja imaginando como é importante aprender coisas que nos ensinam a viver melhor.
Welington Almeida Pinto

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