Compreensão



 1)    Prece

2)    Dinâmica
"NÃO DESEJE AO SEU PRÓXIMO O QUE VOCÊ NÃO DESEJA PARA VOCÊ", FUNCIONA ASSIM:
 Distribua pedaços de papel para todos e peça para que cada um escolha um colega e escreva no papel o nome do escolhido e o que ele gostaria de ver melhor o colega fazer. Exemplo: pedir esmola, imitar um animal, plantar bananeira, varrer a sala, beijar alguém – (Dê algumas sugestões, mas deixe que eles também opinem). Depois que todos entregarem o papel você diz: Ah, acho que não falei o nome desta brincadeira. Coloque um cartaz com o nome da brincadeira "NÃO  DESEJE  AO SEU  PRÓXIMO  O  QUE  VOCÊ  NÃO  DESEJA  PARA  VOCÊ., Continue a brincadeira. Entregue novamente os papéis e cada um deverá fazer o que desejou para o amigo. Após todas as apresentações, você fala sobre a necessidade de ajudarmos, de sermos solidários, pois de acordo com a lei da reencarnação poderemos estar em lugares bem diferentes a cada

3)    Estudo de caso

Um casal faz um lanche. Num prato está o pão torrado meio queimado. O marido reclama exaltado:
- De novo você queimou o pão! Você não faz nada que preste!
A esposa desculpa – se humilde:
- É ...aconteceu... eu estava com atenção no pão mas o neném acordou naquela hora e estava chorando muito... fui ver e ai... queimou o pão.
- Quando eu quiser pão torrado, vou comer fora! Tchau! (sai aborrecido)
Dialogar com o grupo:
Situações como esta acontecem nos lares?
O que deve ter sentido a esposa?
O que faltou a esse marido?
Por que a convivência na vida familiar não é fácil?

4)   Fábula da convivência

            Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais, não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições. Foi, então, que uma grande quantidade de porcos - espinho, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito... Mas essa não foi a melhor solução! Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio, congelados.
             Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros. Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram. É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio! É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar! É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração! É fácil apertar as mãos, difícil é reter o calor! É fácil conviver com pessoas, difícil é formar uma equipe!

Idéias básicas:

§  Para não serem feridos muitos se afastam fisicamente, abandonam o lar. Outros se afastam afetivamente, tornando – se indiferentes, ou em mutismo, guardando mágoas. Em ambos os casos, cria-se perturbação no lar, enfrenta – se nossos problemas e não se alcança a felicidade desejada.
§  A solução é apresentada na fábula: aproximação e ajuda recíproca com o calor da boa vontade, mas guardando a distância conveniente do respeito.
§  É indispensável a compreensão do outro, dos seus medos, cansaços, decepções.
§  Respeitar é nunca dizer o que não gostaria de ouvir; é aprender a colocar – se no lugar do outro. O desrespeito quase sempre não é o que se fala, mas como se fala.
§  A doutrina espírita nos esclarece que cada um estagia em um grau evolutivo, por isso não podemos esperar entendimento ou atitudes equilibradas na mesma medida de todos os que se aproximam de nós.
§  A compreensão se revela na aceitação de cada um, no plano em que se encontra e na certeza de que todos desejam sempre oferecer o melhor de si mesmos ao semelhante.
§  Se alguém nos calunia, compreendemos que é alguém que ainda não se compreendeu da importância de revelar apenas a verdade. O ofensor pode ser alguém aflito por dores que desconhecemos; o ingrato possivelmente está cheio de problemas próprios. O criminoso ainda não conhece as alegrias do amor ao próximo: o que rouba não desfruta da felicidade que temos ao abraçar o serviço honesto e edificante.; quem atira pedras no irmão, é alguém que não dispõe de coisa melhor para oferecer a vida
§  Compreendendo aqueles que nos cercam, portadores de coisas boas ou ruins como nós mesmos, progredimos em nosso esforço auto-educativo, aumentando os laços de simpatia e adquirindo a paz interior por todos almejada.

5)    Atividade: confeccionar uma caixinha e colocar frases que podemos usar no nosso dia – a – dia para termos mais compreensão com o outro.

6)    Prece final

ESTUDO: Pontos Práticos da Virtude da Compreensão


Aprender a escutar sempre ambas as partes interessadas e em profundidade. Não basta saber que o filho fez algo errado é preciso saber quais as circunstâncias, quais eram as suas intenções e principalmente sentimentos.

Muitas vezes a ausência, o medo de apanhar dos pais, ou o excesso de preocupação por dificuldades financeiras ou outras ”queixas-ladainhas” sempre repetidas pelos pais, promovem culpas, ansiedades e sentimentos que estão por trás das travessuras dos filhos e o pai, procurando compreender a situação em profundidade, pode acabar descobrindo raízes mais profundas do comportamento dos filhos em suas próprias atitudes. Compreender sempre dilata nossa percepção da realidade e, além do benefício que nossa compreensão leva aos outros, nós também crescemos pela compreensão.

Distinguir bem as circunstâncias: se foi um descuido ou fruto de uma preguiça ou causa mais complexa.

Perguntemo-nos como nós mesmos reagiríamos nessa situação.

A compreensão não deve ser praticada só nas situações extremas. Mas em todas as situações cotidianas. Quem pratica a compreensão no pouco mais facilmente a compreenderá nas situações extremas.

Irmã da compreensão e talvez mais bonita do que ela seja essa qualidade de desculpar com prontidão o que nos fizeram. Não perdoar é isolar-se, é dar voltas aos “re-sentimentos” negativos, é esfriar a caridade.

Deixe a pessoa falar e ouça. Faça poucas perguntas, mas deixe a pessoa falar e a ouça. Em geral, ao vermos algo errado ou com o qual não concordamos saímos “explicando”, corrigindo, comparando ao invés de escutar e compreender.


0 comentários:

Postar um comentário