Planejamento
de Aula na Evangelização
No
planejamento de aula, o evangelizador especifica e organiza procedimentos para
concretização dos planos de curso e de unidade, que estão disponibilizados pela
FEB, nos currículos para as escolas de evangelização espírita infanto-juvenil
de 1982 e 1998.
Ao planejar o evangelizador:
v Prevê
os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimentos, habilidades,
atitudes);
v Especifica
os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados durante a aula;
v Define
os procedimentos (maneira de realizar alguma atividade) e organiza as
atividades de aprendizagem dos evangelizandos (individuais e em grupos) de
acordo com a faixa etária, nível de desenvolvimento mental, e o grau de
interesse da turma, assuntos, tempo disponível e objetivos propostos, e ainda
levar em conta os princípios morais que norteiam esse trabalho;
v Indica
recursos (cartazes, livros, textos, objetos variados) que vão ser usados
durante a aula para despertar o interesse, facilitar a compreensão e estimular
a participação dos alunos;
v Estabelece
como será feita a avaliação das atividades.
Portanto, planejamento de aula é a
seqüência de tudo o que vai ser desenvolvido e a sistematização de todas as
atividades que se desenvolve no período de tempo em que o evangelizador e
evangelizando interagem numa dinâmica de ensino-aprendizagem. É importante que
o evangelizador faça uma sondagem do que os evangelizandos já sabem sobre o
tema a ser desenvolvido. Em geral o plano de aula do evangelizador assume a
forma de um semanário.
Afinal,
por que e para que planejamos na evangelização?
O planejamento é importante e necessário
porque tem como função:
v Atingir
os objetivos dos conteúdos propostos;
v Organizar
antecipadamente a ação evangelizadora, norteando a atuação do evangelizador –
evangelizando;
v Controlar
a improvisação;
v Evitar
a repetição rotineira e mecânica de procedimentos e atividades;
v Adequar
os conteúdos às atividades e os procedimentos de avaliação aos objetivos
propostos;
v Garantir
a distribuição adequada do trabalho em relação ao tempo disponível;
v Efetuar
a memória do seu trabalho.
Características
de um Bom Plano de Aula
v Coerência e unidade
→ É a conexão entre objetivos e meios, trata-se da correlação entre os
objetivos, os conteúdos, os procedimentos de ensino e aprendizagem e as formas
de avaliação;
v Continuidade e seqüência
→ É a previsão do trabalho de forma integrada do começo ao fim;
v Flexibilidade
→ É a possibilidade de reajustar o plano, adaptando-o às situações não
previstas, satisfazendo o interesse e necessidades do evangelizando sem
afastar-se dos pontos essenciais a serem desenvolvidos;
v Objetividade e funcionalidade → Consiste
em adequar o plano ao tempo, aos recursos disponíveis e as características dos
evangelizandos;
v Precisão e clareza → O
plano deve apresentar linguagem simples e clara: Os enunciados devem ser exatos
e as indicações precisas, pois não podem ser objetos de dupla interpretação.
A
Formulação de Objetivos
Já dizia Aristóteles quatro séculos antes
de Cristo: “O importante é que em todos os nossos atos tenhamos um fim definido
que almejamos conseguir... À maneira dos arqueiros que apontam para um alvo bem
assinalado”.
Montaigne, nos seus Ensaios, escritos no século XVI d.C., já nos lembrava “Nenhum vento
ajuda a quem não sabe a que porto deverá velejar”.
Por isso “O evangelizador consciencioso,
quando entra numa sala de aula, sabe o que pretende conseguir. Ele sabe que se
desenvolver o trabalho sem ter algo definido, corre o risco de fracassar, assim
como um barco sem rumo corre o perigo de perder-se em alto mar. Mas não basta
apenas ter uma vaga noção dos objetivos. É preciso explica-los, isto é,
especificá-los de forma clara e precisa para que eles possam realmente orientar
e direcionar as atividades de ensino-aprendizagem.
Portanto, a formulação explícita dos
objetivos dá segurança ao evangelizador, ajudando na seleção dos meios mais
adequados para realizar o seu trabalho.
No plano semanal da evangelização,
utilizamos objetivos específicos, pois são definidos para aquela unidade ou
sub-unidade do tema proposto. Eles são utilizados no plano semanal, porque são
formulados de modo a indicar os comportamentos observáveis no evangelizando a
curto prazo. Assim, são esses objetivos que fornecem uma orientação concreta
para o desenvolvimento do tema, seleção de atividades de ensino-aprendizagem e
para avaliação.
Para elaborar com mais facilidade um
objetivo específico podemos sempre utilizar o cabeçalho:
O
evangelizando será capaz de:
Sugestão de verbos para definir objetivos:
Desenhar, escrever, dramatizar, elaborar, descrever, explicar, redigir,
identificar, relacionar, sintetizar, analisar, compor, localizar, definir,
justificar, avaliar, apreciar, observar, distinguir, comparar, estudar e etc.
Quando um objetivo específico descreve
apenas um comportamento por vez, ele se identifica com o conteúdo, e se torna,
ele próprio, o critério de avaliação.
Reconhecendo a
necessidade e a importância da UNIFICAÇÃO, a Federação Espírita Brasileira
elaborou um plano de curso - Currículo, onde separa os jovens por ciclos e
sugere um programa de estudos da Doutrina Espírita, dividindo os temas em
unidades:
CICLOS:
*
PRÉ - JUVENTUDE - 13 e 14 anos
*
1o CICLO - 15 a 17 anos
*
2o CICLO - 18 a 21 anos
Currículo 1982 - juventude
UNIDADE
|
Pré-Juventude
|
1º
Ciclo
|
2º
Ciclo
|
I – Deus
|
X
|
X
|
X
|
II – Prece
|
X
|
X
|
X
|
III – Antecedentes do
Cristianismo
|
X
|
X
|
X
|
IV – O Cristianismo
|
X
|
X
|
X
|
V – O spiritismo
|
X
|
X
|
X
|
VI – Conduta Espírita
|
X
|
X
|
X
|
VII – O Movimento
Espírita
|
X
|
X
|
X
|
Currículo 1998 - juventude
MÓDULO
|
CICLOS
|
|
-
|
1º ciclo
|
2º ciclo
|
3º ciclo
|
I – O ESPIRITISMO
|
- A
Criação Divina
- A
Ligação do homem com Deus
- Bases
do Espiritismo
|
X
|
X
|
X
|
II – O CRISTIANISMO
|
- Antecedentes
históricos
- Jesus
e dua doutrina
- Jesus
e Kardec
|
X
|
X
|
X
|
III – CONDUTA
ESPÍRITA – VIVÊNCIA EVANGÉLICA
|
- O
auto-aperfeiçoamento
- Relações
familiares
- Relações
sociais
- Relação
do homem com a natureza
|
X
|
X
|
X
|
IV – MOVIMENTO ESPÍRITA
|
- Espiritismo
e Movimento Espírita
- A
organização do Movimento Espírita
|
X
|
X
|
X
|