A morte



Objetivos: ajudá-los a perceber que a morte é um fenômeno natural e lhes dar subsídios para conviver com a perda. Contribuir para que tenham posturas equilibradas diante da morte.
1. Prece;
2. Perguntar se alguém já perdeu uma pessoa querida ou um animal de estimação, como se sentiu e como reagiu. Ouvir e comentar respostas.
3. A morte é de fato o fim?
-Não. Na verdade, ela é só uma passagem de um plano para o outro. Quem perde seu corpo físico continua vivo. Os animaizinhos reencarnam o mais rápido possível, enquanto os humanos ficam um tempo mais ou menos longo no plano espiritual, nos locais de que já falamos na aula passada - trevas, zona neutra, colônias ou vagando na Terra - de acordo com o estado de cada um. A morte não existe, porque ninguém acaba quando seu corpo pára de funcionar.
3.1. Se ninguém deixa de existir com o falecimento, não devemos chorar quando perdemos alguém que nos é muito querido?
-Temos todo o direito de chorar e sofrer, ao perdermos uma pessoa de que gostamos. O que não podemos fazer é nos revoltar contra Deus. Ele sabe perfeitamente quando cada um deve deixar a vida carnal e devemos respeitar sua decisão, que sempre visa ao melhor para nós, mesmo que não
percebamos isso. Também não temos o direito de reclamar contra a pessoa que morre, dizendo algo como "Você não podia me deixar agora". Mesmo que uma pessoa nos ame muito, nós não podemos querer ser a única razão para ela ficar aqui.
3.2. Uma pessoa que gosta muito de nós continua gostando após o desencarne?
-Sim, sem dúvida. Quando duas pessoas têm entre si respeito, carinho e amizade, a morte é apenas uma separação, com novo encontro programado.
Nenhuma relação de afeto termina no caixão. Sempre que amarmos alguém, poderemos estar certos de que teremos a oportunidade de estar com essa pessoa em outro momento, na Terra ou no plano espiritual.
3.3. Já que temos várias vidas, podemos deixar para amar e fazer o bem mais tarde?
-As vidas são muitas, mas as oportunidades nunca se repetem totalmente.
Devemos tratar a todos que convivem conosco com o máximo de amor que conseguirmos, porque nunca sabemos quando nos será dado estar com eles novamente. Tempo e oportunidade perdidos nunca voltam.
4. Perguntar qual é, na opinião deles, o plano mais importante, o espiritual ou o material.
-Após as respostas que derem, explicar que a Terra é uma escola muito importante, mas que a vida principal é a do espírito, que sobrevive ao corpo que tem sua existência no plano físico. Ir para o plano espiritual é como voltar para casa.
4.1. Quem morre tem suas características mudadas rapidamente?
- Não. Quem morre continua a ser quem era na Terra. Uma pessoa grosseira não passa a ser educada só porque morreu; um tagarela não se torna silencioso apenas por ter desencarnado; um criminoso perverso não vira santo ao deixar o corpo.
4.2. Quem morre fica mais perto de Jesus e pode pedir diretamente a ele por nós?
- Só os espíritos muito superiores têm contato direto com Jesus e o vêem. Claro que alguém que desencarna pode fazer prece por nós, mas não está mais perto do Cristo só por ter morrido. Ao deixar o corpo, estaremos tão próximos do Mestre quanto estivermos aqui.
5. O que acontece com as crianças que desencarnam, deixando aqui os pais?
- Se têm merecimento, são socorridas e levadas para uma colônia, onde há pessoas muito carinhosas que cuidam delas. Normalmente, vão primeiro para um hospital. Quando já se sentem bem, passam a freqüentar o educandário. Muitas são adotadas por casais no plano espiritual e tratadas como verdadeiros filhos. QUando passa o choque da desencarnação, podem voltar a se apresentar como adultos.
5.1. Existem crianças que se lembram de encarnações anteriores?
- Sim, e isso não é tão raro. Há algumas que dizem coisas como "quando eu era grande...", ou "antes eu tinha outra mãe...", ou ainda "O meu outro pai...". Isso é possível porque a ligação entre espírito e corpo só se completa aos sete anos. Pelo mesmo motivo, a criança pequena pode ter percepções mediúnicas. Estas não devem provocar medo, visto que os desencarnados são tão vivos quanto nós, somente não possuem mais um corpo.
- Aqui, contar o caso de Renata, citado no livro "Nossos filhos são espíritos", de Hermínio Miranda.
6. Respeito no cemitério - Comentar com eles que, embora a maioria dos espíritos dos desencarnados não esteja junto ao corpo no cemitério, há alguns que lá ficam, por variados motivos. As pessoas encarnadas que lá vão, em sua maioria, têm em relação aos mortos amor e saudade. Assim, cabe a nós uma postura de respeito no cemitério. Lá não é um local de brincadeiras, correria, gargalhadas ou piadas. As flores que são depositadas pelos amigos e parentes dos falecidos devem ser deixadas onde foram postas, porque representam as homenagens de quem as pôs. O que sentiríamos, se, quando morrêssemos e nossos amigos fossem visitar nosso túmulo e fazer uma prece por nós no cemitério, um grupo de crianças ficasse brincando em volta e ainda por cima estragasse ou roubasse as flores depositadas em nossa sepultura?
Vinícius e esposa

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