1.500.000


AMIGOS VOLTO LOGO....



Resolução para o Ano Novo

Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...

Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias. 

Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino.

Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo.

Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos bons para os outros.

Decisão é necessidade permanente.

Nossa vontade não pode ser multipartida.

Idéia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo.

Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença.

Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura.

Progresso é fruto de escolha.

Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção.

Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...

Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável.

Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre.

Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre.

O objetivo da perfeição é inevitável benção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução. [Decisão, E - Cap. XXIV - Item 15]

Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino...


Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Da obra: Opinião Espírita

Quando Deus criou as mães



 “Momento Espírita”

“Diz uma lenda que o dia em que o bom Deus criou as mães, um mensageiro se acercou dele e lhe perguntou o porquê de tanto zelo com aquela criação. Em que, afinal de contas, ela era tão especial?
O bondoso e paciente Pai de todos nós lhe explicou que aquela mulher teria o papel de mãe, pelo que merecia especial cuidado.  
Ela deveria ter um beijo que tivesse o dom de curar qualquer coisa, desde leves machucados até namoro terminado.
Deveria ser dotada de mãos hábeis e ligeiras que agissem depressa preparando o lanche do filho, enquanto mexesse nas panelas para que o almoço não queimasse.
Que tivesse noções básicas de enfermagem e fosse catedrática em medicina da alma.
Que aplicasse curativos nos ferimentos do corpo e colocasse bálsamo nas chagas da alma ferida e magoada.
 Que tivesse mãos que soubessem acarinhar, mas que fossem firmes para transmitir segurança ao filho de passos vacilantes.                                                                                        
Que tivesse mãos que soubessem transformar um pedaço de tecido quase insignificante numa roupa especial para a festinha da escola.                                                                            
Por ser mãe, deveria ser dotada de muitos pares de olhos.                                                  
Um par para ver através de portas fechadas, para aqueles momentos em que se perguntasse o que é que as crianças estão tramando no quarto fechado.                                                            
Outro par para ver o que não deveria, mas precisa saber e, naturalmente, olhos normais para fitar com doçura uma criança em apuros e lhe dizer: "eu te compreendo. Não tenhas medo. Eu te amo", mesmo sem dizer nenhuma palavra.                                                                             
O modelo de mãe deveria ser dotado ainda da capacidade de convencer uma criança de nove anos a tomar banho, uma de cinco a escovar os dentes e dormir, quando está na hora.     
Um modelo delicado, com certeza, mas resistente, capaz de resistir ao vendaval da adversidade e proteger os filhos, de superar a própria enfermidade em benefício dos seus amados e de alimentar uma família com o pão do amor.                                                          
Uma mulher com capacidade de pensar e fazer acordos com as mais diversas faixas de idade.                                                                                                                                         
Uma mulher com capacidade de derramar lágrimas de saudade e de dor, mas ainda assim insistir para que o filho parta em busca do que lhe constitua a felicidade ou signifique seu progresso maior.                                                                                                                   
Uma mulher com lágrimas especiais para os dias da alegria e os da tristeza, para as horas de Uma mulher de lábios ternos que soubesse cantar canções de ninar para os bebês e tivesse sempre as palavras certas para o filho ­­­­arrependido pelas tolices feitas.                                        
Lábios que soubessem falar de Deus, do universo e do amor.                                            
Que cantassem poemas de exaltação à beleza da paisagem e aos encantos da vida.         
Uma mulher. Uma mãe.”

Refletir:
“Certa vez, perguntaram a uma mãe qual era o seu filho preferido, aquele que ela mais amava.
E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu:
“Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E como mãe, lhe respondo:
O filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma,
É o meu filho doente, até que sare.
O que partiu, até que volte.
O que está cansado, até que descanse.
O que está com fome, até que se alimente.
O que está com sede, até que beba.
O que está estudando, até que aprenda.
O que está nu, ata que se vista.
O que não trabalha, até que se empregue.
O que namores, até que se case.
O que se casou, até que conviva.
O que é pai, até que os crie.
O que prometeu, até que se cumpra.
O que deve, até que pague.
O que chora, até que cale.
Depois, com um semblante bem distante daquele sorriso, completou:
O que já me deixou, até que o reencontre”. 

NEFA
2004

Nova turma de pós em Pedagogia Espírita



A Associação Brasileira de Pedagogia Espírita, em convênio com a Universidade Santa Cecília convida para a nova turma de pós-graduação Lato sensu de Pedagogia Espírita.

Um curso de impacto existencial: nova perspectiva de vida, outra visão do Espiritismo e proposta revolucionária de Educação!

Coordenação: Profª. Drª. Dora Incontri

Local: Sede da ABPE em São Paulo - Praça da República, 80, 11º andar, Edifício Esther, São Paulo.

Duração: Dois anos

Público-alvo: Profissionais graduados de qualquer área, interessados em geral (não graduados podem fazer o curso como extensão).

Periodicidade: Um fim de semana por mês (sábado e domingo) - o que permite que alunos venham de outras cidades e Estados.

Início: 11 e 12 de fevereiro de 2012

Mais informações: a (11) 4021 8515 - (11) 8155 8005 – abpe@gmail.com

Programação completa e docentes: www.pedagogiaespirita.org.br

Visão Espirita da Biblia

Evangelizando com Arte

















A BORBOLETA LILI




(Adaptado da revista Recreio para teatro de Fantoches, por Nelia Sales)

PERSONAGENS:
- LILI - borboleta de asas pequenas
- FLORINA - borboleta de asas grandes
- SEU VERDOSO - gafanhoto verde
- MÃE DE LILI - borboleta adulta
- MARICOTINHA  - BORBOLETA-MENINA, ASAS PEQUENAS
- NARRADOR

I ATO -
CENÁRIO: Jardim node moram Lili, sua mãe e Florina.
NARRADOR (antes de abrir a cortina) - Era uma vez uma borboleta chamada Lili. Lili tinha asas bem pequenininhas. Ela era diferente... vejam porque;
(abre-se a cortina)
MÃE (entra por um lado do palco, esvoaçando) - Ô Lili! Cadê você filha?
LILI (cantando tristinha, fora de cena) - Eu queria, eu queria ter umas asas
                                                         Bem bonitas, bem grandonas prá voar     --bis   (c/música de "se essa rua, se essa rua fosse minha"
MÃE (chamando) - Lili! Onde está você filha?
LILI (aparece no lado oposto à mãe, andando arrastadinha junto ao "chão" do palco) - Tô aqui mãe!
MÃE - Venha cá filha! Tá na hora de sua aula de voar.
LILI (assustada) - Voar?! Eu?
MÃE - Sim! Vo-ar! Afinal você é ou não é uma borboleta?
LILI (triste) - Sou!...
MÃE - E então!??
LILI - Eu... não quero aprender a voar. Eu não posso...
MÃE (meio impaciente) - Ai, ai meu Deus! Lili, filha, onde você já viu borboleta andando a pé?
LILI - Eu gosto de andar a pé!
MÃE (mais impaciente) - Ora menina! Borboleta vive de asa fechada?
LILI ( teimosa) - Eu vivo de asa fechada! Acho bonito...
MÃE (já desesperando) - Ô minha filha! Nem das flores você gosta?!
LILI (gaguejando) - Eu... é... eu tenho alergia! Olhe mãe, deixe isso prá lá!
MÃE (sai resmungando) - Essa menina não tem jeito!
LILI (andando pelo cenário, falando com voz desanimada) -Ela quer que eu vôe com estas asinhas. Nem tento! Eu lá quero me esborrachar no chão! (canta triste)
        - Eu queria, eu queria ter umas asas
          Bem bonitas, bem grandonas prá voar.         bis
      (pára num cantinho do palco)
      (entra Florina, voando, cantando, beijando flores)
FLORINA (alegre) - Ôi maninha! você está aí?
LILI (triste) - Ôi Florina! Eu já estava indo pra casa...
FLORINA - Que tristeza Lili! Vamos conversar! Você não tem motivos pra ficar assim (dá uma esvoaçada)
LILI - Você que pensa!
FLORINA - Então me diga o que é. Talvez eu possa lhe ajudar.
LILI - Nada não! Deixe pra lá.
FLORINA - Você é uma boba! Não vejo nada errado com você! Olhe, preciso ir dar uns beijinhos numas flores. Tchau! (sai)
LILI (teimosa e triste) - Minha irmã não enxerga nada mesmo! Ela acha que posso voar com essas asinhas de nada.  (muda o tom de voz, fala decidida) - Eu vou embora daqui! vou pra um lugar onde ninguém me aborreça! (sai e fecha-se a cortina)

II ATO
CENÁRIO - O cenário deve ter alguma coisa modificada, pra indicar outro local)
LILI (entra e fica num cantinho) - Aqui ninguém vai me achar.
(entra Seu Verdoso aos pulos pelo lado oposto)
SEU VERDOSO (voz de "gente importante")- Mas que jardinzinho maneiro. Vou comer aqui até botar a barriga em dia (vê Lili) - Que é aquilo? (dá uns pulos e chega perto dela) - Olááá!
LILI (sem graça) - Ôi!...
SEU VERDOSO (rodeando Lili, examinando) - Humm! Quem é você?
LILI - Eu sou Lili...
SEU VERDOSO  - E Li-li é o que? Uma traça, uma minhoca, uma lesma? Heim?
LILI (andando para sair de junto dele) - Eu sou uma borboleta...
SEU VERDOSO (RINDO) - hó, hó, hó!... Borboleta? Minha jovem, borboleta não anda a pé. Borboleta tem grandes asas, coloridas, voa, beija flores é alegre... Será que você não esqueceu que é uma... minhoca com uma coisinha nas costas?
LILI (voz chorosa) - Me deixe! Eu sou uma borboleta, sim!( vira as costas para o gafanhoto)
SEU VERDOSO (ofendido) - E ainda por cima é enjoada! Tchau minhoca metida a borboleta! (dá uns pulos e sai resmungando) - Perdí até a fome!
LILI (volta ao canto do palco, quase chorando) - Puxa! eu só acho quem me aborreça! Que coisa!
(entra Maricotinha pelo lado oposto, voando, alegre,  cantando)
MARICOTINHA - Que dia lindo! (dá uma esvoaçada, olha a platéia) - Oh! um bocado de flores com cara de gente! Alô flores com cara de gente! Alô flores com cara de gente! ( a platéia deve responder) (começa a cantar ) - Trá, lá, lá... (e pára) - O que é aquilo?
LILI (se aproxima andando) - Ôi!
MARICOTINHA (espantada) - Uéé! Quem é você? (Lili chega mais perto)
MARICOTINHA - Oh! você é uma borboleta!  
LILI (com voz sumida) - Sou...
MARICOTINHA - Borboleta andando a pé? (dá outra esvoaçada)
LILI (assustada) - Hei cuidado! Você pode cair no chão! Suas asas são pequenininhas!
MARICOTINHA (pousando junto de Lili) - Cair?! Eu? Imagine só! Como é seu nome?
LILI - Lili
MARICOTINHA - Ôi Lili! Eu sou Maricotinha. Você não mora por aqui né?
LILI - Não...
MARICOTINHA - Logo vi! Escute, porque fica assim, andando? Você não voa não?
LILI (sem graça) - Eu... não! Não gosto! Eu... não posso!...
MARICOTINHA (sem crer) - Não pode?! Impossível! Borboleta nasceu pra voar
LILI - Quem voa muito bem é minha irmã, a Florina.
MARICOTINHA - vEJA O QUE SEI FAZER! (DÁ VÁRIAS VOLTAS NO AR)
LILI  (suspirando) - Ah! SE EU PUDESSE VOAR!
MARICOTINHA (animada) - Ora Lili, você pode! Eu ensino! Eu sei ensinar!
LILI (desanimada) - Mas eu não sei aprender!
MARICOTINHA (convencendo) - Qualé Lili! Sabe sim! Você tem umas asas bonitinhas, parecem fortes.
LILI - Bonita é a minha irmã Florina. Ela tem cada asa grande!
MARICOTINHA - Tamanho não é documento, garota! Olhe as minhas asas!
LILI - Éééé, você voa bem!
MARICOTINHA (decidida) - Vamos! Vou lhe ensinar. Faça tudo o que faço. (balança as asas., vôa pra lá e pra cá. Lili vai imitando, tentando sair do chão)
LILI (de repente, suspensa) Ai Maricotinha, tou conseguindo!
MARICOTINHA - A´Lili! Viu como você pode!
LILI( dando umas voltas ainda baixo) - Viva! Viva! Estou voando! (pára de repente) - Ih! está ficando escuro!
MARICOTINHA - E o que é que tem?
LILI - Eu... queria voltar pra minha casa. Eu... eu fugi, sabe?
MARICOTINHA  - Fugiu, porque?
LILI - Eu tava muito triste!
MARICOTINHA - Pois é, fugir não dá certo! Mas não tem problema. Você dorme na minha casa e amanhã volta pra sua, vamos!
 (fecha a cortina)

III ATO    (cenário inicial)
MÃE DE LILI (entra voando agitada) - Ai meu Deus! Lili sumiu, sumiu mesmo, desde ontem, Florina, onde estará sua irmã?
FLORINA (entra agitada)´- Não sei mamãe! já procurei por toda parte, e não acho). (as duas voam pra lá e pra cá, de um lado do palco - e do outro lado do palco entra Maricotinha).
FLORINA - Mãe! Olhe! vem alguém lá.
MARICOTINHA (chegando) - Bom dia A Senhora é a mães de Lili e você é Florina né?
MÃE E FLORINA - Bom dia! Quem é você?
MARICOTINHA - Sou Maricotinha e trago uma surpresa pra vocês.
MÃE E FLORINA - Surpresa?
MARICOTINHA (falando para fora de cena) - Apareça amiga! (entra Lili voando alegre)
MÃE E FLORINA - Lili!
MÃE - Ai meu Deus! Ela está voando! Que bom!
LILI - Ôi mãe, oi Florina! Olhem desculpem porque sumi! (alegre) esta é minha amiga Maricotinha. Ela me ensinou a voar!
MÃE e FLORINA - Obrigada Maricotinha!
MARICOTINHA - De nada! Foi um prazer!
LILI - Eu também canto de outra forma, agora!
TODAS - Cante aí, vá!
LILI (canta alegre)
       - Eu agora sei voar e sei cantar
         E as flores do jardim eu vou beijar          bis
TODAS - Viva! viva! viva a Lili!

(pode pedir as flores com "cara de gente" que cantem junto com a Lili).
    fim.

O Cachorrinho Deficiente


O Cachorrinho Deficiente


Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes a venda.
-Entre trinta e cinqüenta, respondeu o dono da loja.
O menino puxou uns trocados do bolso e disse:
-Eu só tenho cinco, mas eu posso ver os filhotes?
O dono da loja sorriu e chamou Duquesa, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo.
Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mancando de forma visível.
Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou:
-O que é que há com ele?
O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que o filhote tinha um problema na junta do quadril. Mancaria para sempre e andaria devagar.
O menino se animou e disse:
-Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!
O dono da loja respondeu:
-Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente.
O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, disse:
-Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou cinco agora e três por mês, até completar o preço total.
O dono da loja contestou:
-Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você.
Ai, o menino abaixou e puxou a perna esquerda da calça para cima, mostrando a sua perna com um aparelho para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:
-Bom, eu também não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso!
Devemos amar as pessoas
não pelo que podem fazer,
mas pelo que são!
    

Trabalhando as diferenças




Elmer o Elefante

Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos, magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes, mas todos felizes e todos da mesma cor. Todos, quer dizer, menos o Elmer.
O Elmer era diferente.
O Elmer era aos quadrados.
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco.
O Elmer não era cor de elefante.
Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que lhe pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado.
Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente. “Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados”, pensou ele. “Não admira que se riam de mim.” De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso.

Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais.
Todos eles diziam: “Bom dia, Elmer.” E de cada vez o Elmer sorria e dizia: “Bom dia.”
Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava – um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até que os frutos terem caído todos no chão.
Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e
rebolou-se para um lado e outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor-de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando o acabou, Elmer estava parecido com outro elefante qualquer.
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: “Bom dia, elefante.” E de cada vez que Elmer sorriu e disse: “Bom dia”, muito satisfeito por não ser reconhecido.
Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada.
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o meu céu luminoso de sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos em tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles.
Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguia aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha:
BUUU!
Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para seu lado. “São Trombino nos valha!”, disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. “Elmer”, disseram eles. “Tem de ser o Elmer.” E depois s outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido.
Enquanto se estavam a rir a nuvem escura apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez. Os elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. “Oh Elmer”, ofegou um velho elefante. “Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.”
“Temos de comemorar este dia todos os anos”, disse outro. “Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.”
E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer.

MCKEE, D. (1997). Elmer (Tradução de J. Oliveira, 4ª edição). Lisboa: Caminho.

Conversação sobre a história e as diferenças:

Depois de contar a história conversamos sobre ela e as atitudes de Elmer por se achar inferior aos demais elefantes pelo fato de ser diferente. Nossa conversa foi bem proveitosa e ficou claro através das falas das crianças que o importante na vida não é ser igual à todo mundo e sim de sermos pessoas boas.

Pedi para as crianças recontarem a história e à medida que iam falando eu a anotava no quadro-negro. Solicitei que fizessem um
desenho sobre a história para que depois escolhessem o desenho que mais gostaram.

Greice Amorim - Cantinho Lúdico

Comportamento Agressivo Na Infância







Crianças Indigos

















Jogos que favorece, relaxamento!