GÊNESE: Revoluções Gerais e Parciais



          
Os períodos geológicos marcam as fases do aspecto geral do Globo, em conseqüência das suas transformações. Mas com exceção do período diluviano, que se caracterizou por uma subversão repentina, todas as demais transcorreram lentamente, sem transições bruscas. Durante todo o tempo que os elementos constitutivos do globo, levaram para tomar suas posições definitivas, as mutações houveram de ser gerais.


          NOS PRIMÓRDIOS DA FORMAÇÃO DA TERRA.


          
Existe uma série de evidências de que a Crosta Terrestre se movimenta, provocando mudanças, na posição dos Continentes e modificando o relevo da Terra. Essa noção data do Sec. XVII. Especula-se que o contorno da Crosta Ocidental da África, se ajusta perfeitamente com o litoral Brasileiro. Contudo a primazia dessa descoberta, deve-se ao geólogo alemão, Alfred Wegner. 
Wegner parte da hipótese de que seria possível agrupar os Continentes. A explicação para os fatos, é dada pela idéia da existência de um Super Continente, denominado Pangeia, que posteriormente se fragmentou a cerca de 200 milhões de anos na era Paleozóica, e que mais tarde, na era Mesozóica se dividiu em varia partes, vindo a formar os atuais Continentes.


          TERCIÁRIO


          
Com o período Terciário, começa para a Terra, uma nova ordem de coisas. O estado de sua superfície muda totalmente e aspecto. Os primeiros tempos desse período são assinalados por uma parada na produção vegetal e animal; tudo leva as marcas de destruição quase geral dos seres vivos. A crosta erguida e aprumada, formou os altos picos, as cadeias e suas ramificações. Tal foi o grande fenômeno que se cumpriu no período Terciário, e que transformou o aspecto do Globo.

          
Além das evoluções gerais, a Terra experimentou grande número de perturbações locais, que mudaram o aspecto de certas regiões. No tocante, outras causas contribuíram para essas perturbações: O fogo e a água. O fogo atuou produzindo de erupções vulcânicas que sepultaram, sob espessas cinzas e lavas os terrenos circunjacentes, fazendo desaparecer cidades inteiras, com os seus habitantes; ou terremotos, ou levantamentos da crosta sólida, que impeliam as águas para as regiões mais baixas ; ou ainda o afundamento, em maior ou em menor extensão, dessa mesma crosta, nalguns lugares, para onde as águas se precipitaram, deixando a seco outros lugares. Um exemplo, foi o vulcão Vesúvio que soterrou a cidade de Pompéia

         
 Foi assim que surgiram ilhas no meio do Oceano, enquanto que outras desapareceram; que porções de Continentes se separaram e formaram ilhas; que braços de mar, secados, ligaram ilhas e Continentes.


         
 Quanto a água, essa atuou produzindo; ou a irrupção ou a retirada do mar nalgumas costas; ou desmoronamentos que interceptando as correntes líquidas formaram lagos ou trasbordamentos e inundações ; ou enfim, aterros nas embocaduras dos rios, e lagos formados de geleiras, como a dos Alpes Suíços. Esses aterros, rechaçando o mar, criaram novos territórios, tal a origem do Delta do Nilo, ou Baixo Egito; do Delta do Ródano ou Camargo.

IIdade das Montanhas


        
  Examinando os terrenos dilacerados pelo soerguimento das montanhas e das camadas que lhes formam em contrafortes, possível e torna determinar-lhes a idade geológica. Por idade geológica das montanhas, não se deve entender o número de anos que elas contam de existência, mas o período em que se formaram e, por conseqüência, a sua velhice relativa. Seria um erro crer que essa antigüidade, esta em razão de sua elevação, ou de sua natureza exclusivamente granítica, tendo em vista que a massa de granito, em se erguendo, pode ter perfurado e separado as camadas superpostas. Constatou-se assim por meio de observação, que as montanhas dos Vosges, na Bretanha e a da Côte -d´Or, na França, que são muito elevadas, pertencem as mais antigas formações; elas datam do período de Transição, senão anteriores aos depósitos de hulha.


         
 O Jura se formou no meado do Período Secundário; é contemporâneo dos répteis gigantescos.


          
Na Suíça, os Pirineus, formaram-se mais tarde, no começo do período Terciário. O Monte Branco e o grupo dos Alpes em Chamonix Ocidentais, são posteriores aos Pirineus, datam da metade do Período Terciário.


          
As Montanhas Rochosas nos Est. Unidos da América Os Alpes orientais, que compreendem as Montanhas do Tirol, são ainda mais recentes, porquanto só se formaram pêlos fins desse mesmo período. Algumas Montanhas da Ásia, são mesmo posteriores ao período Diluviano, ou lhes são contemporâneas. Esses soerguimentos, devem ter ocasionado grandes perturbações, mais ou menos consideráveis, pelo deslocamento das águas, e pela interrupção e mudança do curso dos rios.

         
 NOTA- Fenômeno ocorrido no México em 1750. Uma região fértil, e bem cultivada, sofreu pavorosos tremores que abalaram o solo. O território por muitas léguas entrou a erguer-se pouco a pouco, alcançando a altitude de 500 pés, numa superfície de 10 léguas quadradas, Abriu-se um abismo de 3 léguas, donde eram lançados fumo, fogo pedras esbraseadas e cinzas. Dois rios da região foram absorvidos neste fenômeno e reapareceram mais tarde, num ponto muito afastado de seus antigos leitos.

          
Seis Montanhas surgiram desse Movimento, entre os quais o Vulcão a que foi dado o nome de JORULHO, 550 M.


Dilúvio Bíblico

          
O Dilúvio Bíblico, também conhecido pela denominação de Dilúvio Asiático, é fato cuja realidade não se pode contestar. Deve ter ocasionado o levantamento de uma parte das montanhas daquela região, como o do México.


          
Corrobora esta opinião a existência de um Mar interior, que ia antes do Mar Negro ao Oceano Boreal, comprovado pelas observações geológicas. O Mar d´Azoff, O mar Cáspio, cujas águas são salgadas, embora nenhuma comunicação tenha com o Mar, o lago Aral e os inúmeros lagos espalhados pelas planícies da Tartárea e as estepes da Rússia, parecem restos daquele antigo Mar.



         
 Por ocasião do levantamento das Montanhas do Cáucaso, posteriormente ao dilúvio Universal, parte daquelas águas foi refluiu para o Norte, para o Oceano Boreal, outra parte para o Sul, em direção ao Oceano Índico. Estas inundaram e devastaram precisamente a Mesopotâmia e toda região habitada os antepassados do povo Hebreu.

          Embora esse Dilúvio se tenha estendido por uma superfície muito grande, um ponto hoje averiguado é que não foi senão local; que não pode ser causado pela chuva, porque por continua e abundante que pudesse ser, durante 40 dias, o calculo prova que a quantidade de água caída não poderia ser bastante grande, para cobrir toda Terra, até mesmo por cima das mais altas montanhas. Para os homens de então, que não conheciam mais do que uma extensão limitada da superfície do Globo e que nenhuma idéia da sua configuração desde o instante que a inundação invadiu os países conhecidos, para eles deveria ser em toda a Terra. O diluvio Asiático foi evidentemente posterior ao aparecimento do homem na Terra, visto que a lembrança dele se conservou pela tradição, em todos os povos daquela parte do mundo è igualmente posterior ao grande Dilúvio Universal que assinalou o início do atual período Geológico. Quando se fala de homens e de animais antediluvianos, a referencia é aquele primeiro cataclismo.

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