GÊNESE: ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SERES.


          Dois elementos, duas forças regem o Universo: O elemento espiritual e o elemento material. Da ação simultânea desses dois princípios nascem fenômenos especiais que o espiritismo explica cientificamente.
          Assim como o Espiritismo, todas as ciências revelam a Natureza para a Humanidade.
          A Astronomia- revelou o mundo astral, que não conhecíamos
          A Geologia- revelou-nos a formação da Terra.
          A Química- A lei de afinidades.
          A fisiologia- a função dos organismos, etc...
          A característica essencial de qualquer revelação tem que ser a verdade.
          Qual o papel do professor, diante de seus discípulos: o de ensinar o que eles não sabem.
          Mas o professor não ensina senão o que aprendeu: é um revelador de Segunda ordem:
          O homem de gênio ensina o que descobriu pôr si mesmo. Que seria da humanidade sem a revelação desses homens de gênio?
          Assim: Copérnico, Galileu, Newton, Laplace, Lavosier, foram geniais reveladores.
          Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo tempo da revelação Divina e Cientifica. Aplicando o método experimental.
          Todas as ciências se encadeiam e sucedem numa ordem racional: Nascem umas das outras, à proporção que acham ponto de apoio nas idéias e conhecimentos anteriores.
          O Espiritismo revelou a existência do elemento espiritual que unido ao elemento material, se constituem em forças vivas da natureza.

PAPEL DA CIÊNCIA NA GENESE.
          É impossível se conceba a Gênese sem os dados da Ciência: A Ciência é chamada a constituir a verdadeira Gênese, segundo a lei da Natureza. Levando suas investigações às entranhas da Terra e às profundezas do Céu, vem a Ciência demostrando conhecimentos novos.
          A Ciência se divide em duas partes: A história da formação do mundo material e da humanidade considerada em seu duplo princípio corporal e espiritual.
          A Ciência se tem limitado a pesquisa das leis que regem a matéria. No próprio homem, ela apenas tem estudado a fisiologia material.
          No estudos dos princípios espiritual a ciência se apresenta experimental.
          Com o estudo da faculdade dos médiuns, mais desenvolvida, o homem se achou de posse de um novo instrumento de observação. A mediunidade foi, para o mundo espiritual, o que o Telescópio foi para o mundo astral, e o Microscópio o dos infinitamente pequenos. Permitiu se explorassem, e estudassem as relações daquele mundo com o mundo corpóreo.
          Uma vez estabelecidas relações com os habitantes do mundo espiritual, possível se tornou ao homem, seguir a ALMA EM SUA MARCHA ASCENDENTE, Em suas migrações, e em suas transformações.
          Pode-se em fim, estudar o elemento espiritual. Eis ai o de que careciam os anteriores comentadores da Gênese, para a compreenderem e lhes justificarem os erros.
          Estando o mundo espiritual e o mundo material em incessante contato, os dois são solidários, ambos tem sua parcela de ação na Gênese.
          Somente agoira, muito embora, nem a ciência espiritual, hajam dito a última palavra, possui o homem os dois elementos próprios a lançar luz sobre esse imenso problema. Eram-lhe absolutamente indispensáveis, essas duas chaves para chegar a uma solução, embora aproximativa.

ANTIGOS E MODERNOS SISTEMAS DE MUNDOS
          A primeira idéia que os homens formaram da Terra, do movimento dos astros e da constituição do Universo, há de, a princípio, ter-se baseado unicamente no que os sentidos percebiam. Ignorando as mais elementares leis da física e as forças da natureza, não dispondo senão da vista como meio de observação, apenas pelas aparências, podiam julgar.

          Vendo o Sol aparecer pela manhã, de um lado e desaparecer à tarde, do lado oposto, concluíram que ele girava em torno da Terra, conservando-se esta imóvel. A pequena extensão das viagens, que naquela época raramente iam além dos limites da tribo ou da comunidade, não permitia provar a esfericidade da Terra.
          Para eles pois a Terra era uma superfície plana e circular, qual um mó de moinho. Pôr se mostrar de uma forma côncava, o céu, na crença vulgar era tido como uma abóbada real, cujos bordos inferiores repousavam na Terra e lhe marcavam os confins, vasta cúpula cuja opacidade o ar enchia complemente. Sem nenhuma noção de espaço infinito, imaginavam os homens que essa abóbada era constituída de matéria solida, donde a denominação de firmamento. ( firme- resistente).
          As estrelas, de cuja natureza não podiam suspeitar, eram simplesmente pontos luminosos, de volumes diversos, engastadas na abóbada, como lâmpadas suspensas.
          Igualmente era desconhecida a formação das nuvens pela evaporação. Das águas da Terra. A ninguém podia acudir a idéia de que a chuva que cai do céu, tivesse origem na Terra onde ninguém a via subir.
          Daí a crença na existência de águas superiores e águas inferiores. As águas superiores, escapando-se pelas frestas da abobada, caíam em forma de chuvas e conforme fossem as frestas, as chuvas eram brandas ou torrencial. A ignorância do conjunto do Universo, faziam considerar a Terra como a coisa principal da criação. Não tardou porem se aperceberem do movimento aparente das estrelas que se deslocam em massa do Oriente para o Ocidente, despontando ao anoitecer e ocultando-se pela manhã. Sob o céu puro da Caldeia, da Índia e do Egito, berço das mais antigas civilizações, o movimento dos astros foi observado com tanta exatidão, quanto o permitia a falta de instrumentos especiais.
          Outros povos, imaginavam o nosso planeta sob forma de hemisfério o qual descansava sobre quatro gigantescos elefantes que, pôr sua vez, pousavam sobre o casco de uma tartaruga descomunal. Os elefantes, representavam os quatro pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. A tartaruga, representava a paciência do Criador.
          Outras idéias surgiram. A Terra seria um imenso disco plano dotado de uma quantidade infinita de raízes boiando no oceano Universal.
          De acordo com a concepção Egípcia da antigüidade, a terra era representada pelo Deus Geb ( A Terra), deitado, sobre ele arqueava-se Nut ( A deusa do Céu), cujo corpo era recoberto de estrelas. No centro, o deus Shu, filho de Rá, (o Sol) sustentava a abobada estrelada sobre a Terra.
          Sabemos hoje que a Terra é um esferoide, ou seja, uma esfera ligeiramente achatada nos dois pólos. A esfericidade da Terra já foi largamente demonstrada pelas viagens de circunavegação do Globo. Pelas projeções da sombra da Terra sobre a Lua ( durante os eclipses) e mais recentemente pelas fotografias tomadas a grande altura, pêlos foguetes interplanetários. Alias, todos os astros, estrelas planetas e satélites. Apresentam formas esféricas, Não havendo motivo para que a Terra constituísse uma exceção a regra.
          Pelo ano 600 AC., Tales de Mileto (Ásia Menor) descobriu a esfericidade da Ecliptica e a causa dos Eclipses.
          Um século depois Pitágoras, de Samos, descobre o movimento diurno da Terra, sobre o próprio Eixo, e seu movimento anual em torno do Sol e incorpora os Planetas e os Cometas ao sistema Solar. Hiparco de Alexandria (Egito) 160anos antes de Cristo, inventou o Astrolábio, que calcula e prediz os eclipses, observa as manchas do Sol, determina o ano trópico, a duração das revoluções da Lua. Embora preciosa para o progresso da ciência, essas descobertas levaram perto de 2000 anos a se popularizarem.
          Cerca do ano 140 da era Cristã Ptolomeu, um dos homens mais ilustres da escola de Alexandria, cominando as suas próprias idéias com as crenças vulgares e com algumas das mais recentes descobertas astronômicas, compôs um sistema que se pode qualificar de misto, e perto de 15 séculos, foi o único que o mundo civilizado adotou. Segundo o seu sistema - a Terra é uma esfera posta no centro do Universo, composta de 4 elementos: Terra, água, Ar, e fogo.
          Essa a primeira região dita elementar.
          A Segunda, dita Etérea, compreendia 11 céus.
          Para alem dos 11 céus estava a habitação dos bem aventurados.
          No começo do século 16, Copérnico, astrônomo celebre, nascido em Thorn ( Prússia ) no ano 1472 e morto em 1543, reconsiderou as idéias de Pitagoras e concebeu um sistema que, confirmado todos os dias pôr novas observações, teve acolhimento favorável e não tardou a desbancar o de Ptolomeu. Segundo o sistema de Copérnico, o Sol esta no centro, e ao seu derredor os astros descrevem órbitas circulares, sendo a Lua um satélite da Terra. Decorrido um século (100 anos) veio Galileu, natural de Florença, e inventa o Telescópio: Em 1610 descobre os quatro satélites de Júpiter. Reconhece que os Planetas não tem luz própria como as estrelas, mas que são iluminadas pelo Sol. Ruiu então a construção dos céus superpostos. Reconheceu-se que os Planetas são mundos semelhantes à Terra e, dúvida habitados, como esta. Que as estrelas, são Sois, prováveis centros de outros sistemas Planetários. Sendo o próprio Sol reconhecido como uma estrela, centro de um turbilhão de Planetas que se lhe acham sujeitos.
          Os grupos que tomaram o nome de constelações mais não são do que agregados aparentes, causados pela distância; suas figuras não passam de efeitos de perspectiva, como as que as luzes espalhadas pôr uma vasta planície. Na verdade, porém, tais agrupamentos não existem.

          Se nos pudéssemos transportar para a reunião de uma dessas constelações, a medida que nos aproximasse-mos ela, a sua forma se desmancharia e novos grupos se desenharia a vista. A partir de Copérnico e Galileu velhas cosmogonia deixaram para sempre de subsistir. A história diz das lutas que esses homens de gênio tiveram de sustentar os preconceitos e, sobretudo contra o espírito de seita, interessado em manter erros sobre os quais se haviam fundado crenças supostamente afirmadas em bases inabaláveis. Bastou um instrumento d ótica para derrotar uma construção de muitos milhares de anos.
          _Quão grande é o Universo.
          _Quanto é sublime a obra de Deus.
          _Estava desde então abeto o caminho.
          Na Alemanha Kepler descobre as celebres leis que lhe conservam o nome. E pôr meio das quais se reconhece que as órbitas que os planetas descrevem, não são circulares, mas Elipses, das quais, o Sol ocupa um dos focos. Newton, na Inglaterra, descobre a lei da gravitação Universal. Laplace, na França, cria a mecânica celeste. Finalmente a Astronomia, torna-se uma ciência assente nas mais rigorosas bases, do calculo e da geometria.
          Fica assim, lançada uma das pedras fundamentais da Gênese, cerca de 3.500 anos depois de Moisés.
URANOGRAFIA GERAL
  • O espaço e o tempo
  • A matéria
  • As leis e as forças
  • A criação primária
  • Os sois e os planetas
  • Os satélites
  • Os cometas
  • A via- látea
  • As estrelas fixas
  • Os desertos do espaço
  • Eterna sucessão dos mundos
  • A vida universal
  • Diversidade dos mundos.

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