GÊNESE: O ESPAÇO E O TEMPO


          Já muitas definições de espaço, foram dadas, sendo a principal esta: O espaço é a extensão que separa dois corpos.
          O espaço é infinito
          É impossível imaginar-se lhe um limite qualquer.
          Para figurar-mos o infinito do espaço, suponhamos que partindo da Terra perdida no meio do infinito para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade da luz, 300.000 k pôr Seg. e que havendo percorrido milhões de léguas, mal tenhamos deixado este globo, nos achamos num lugar de onde a Terra, não nos aparece mais senão sob o aspecto de um pálido planeta. Um instante depois, seguindo sempre na mesma direção, chegaremos a essas estrelas longínquas que mal percebemos da nossa estação terrestre. Daí não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, mas também o próprio Sol, com todo o seu esplendor.
          Animados nessa velocidade relâmpago a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etéreas, estradas esteliferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrestres.
          Ora há apenas poucos minutos caminhamos e já centenas de milhões de milhões nos separam da Terra, e bilhões de mundos, nos passaram sob a vista e, entretanto escutai! Em realidade, não avançamos mais do que um só passo que seja no Universo. Se continuarmos durante séculos, milhares de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade da luz, pouco teremos avançado, a partir desse pontinho insignificante de onde saímos e que se chama Terra. Eis o que é o ESPAÇO.

O TEMPO
          Como a palavra ESPAÇO, TEMPO é também um termo já pôr si mesmo definido. O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado a eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. Suponhamo-nos na origem do nosso mundo: No começo da Gênese. O tempo então ainda não saíra do misterioso berço da natureza e ninguém pode dizer em que época dos séculos nos achamos porquanto o balancem dos séculos ainda não foi posto em movimento. Mas, o silencio! Soa na sineta eterna a primeira hora de uma Terra insulada, o planeta se move no espaço e desde então há tarde e manhã e durante uma determinada série de gerações contar-se-ão os anos e os séculos. Transportemo-nos agoira ao último dia desse mundo à hora que ele se apagará do livro da vida.
          Interrompe-se então a sucessão dos eventos; cessão os movimentos terrestres que mediam o tempo. Esta simples exposição das coisas que dão nascimento ao tempo, que o alimentam e deixam que ele se extinga, basta para mostrar que, visto do ponto em que houvermos de colocar-nos para os nossos estudos, o TEMPO é uma gota de água que cai da nuvem no mar e cuja queda é medida. IMENCIDADE sem limites e ETERNIDADE sem limites, tais as duas grandes propriedades da natureza Universal. Concebemos então o TEMPO, como sendo apenas a relação das coisas transitórias. E dependendo unicamente das coisas que se medem. Se tomássemos os séculos terrestres pôr unidade e os empilhássemos aos milheiros para formar um número colossal, esse número nunca representaria mais que um ponto na eternidade, do mesmo modo que milhares de léguas, somadas a milhares de léguas não dão mais que um ponto na extensão.
          Tornamos a dizer que, o TEMPO é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias. A ETERNIDADE não é suscetível de medida alguma, do ponto de vista da duração, para ela, não há começo nem fim: Tudo lhe é PRESENTE. (nota:- SE séculos e séculos são menos que um segundo, relativamente à ETERNIDADE, que vem a ser a duração da vida humana)

A MATÉRIA.
          A primeira vista, não há o que pareça tão profundamente variado, nem tão essencialmente distinto, como as diversas substancias que compõe o mundo. Quanta semelhança, sob os aspectos da solidez, da compressibilidade, do peso e das múltiplas propriedades dos corpos entre as gases atmosféricas e um filete de ouro, entre a molécula aquosa da nuvem e a do mineral. Que diversidade entre o tecido químico das variadas plantas que adornam o reino vegetal e o animal. Entretanto, podemos firmar que todas substâncias, conhecidas e desconhecidas, pôr mais que dessemelhantes que pareçam, quer pela constituição intima ou ações recíprocas; são apenas diversos modos sob que a MATÉRIA se apresenta.
          A Química, observadora da matéria, mostrou que os elementos terrestres mais não são, que a combinação de diversas substancias variadas ao infinito, que o AR, e a ÁGUA, são igualmente decomponíveis. E que o fogo, é um estado da Matéria. Deu a conhecer os corpos simples e os considera primitivos e indecomponíveis.EX: Oxigênio, Hidrogênio, Azoto, Cloro, Carbono, Fósforo, Enxofre, iodo etc....
          METÁLICOS, Ouro, Prata, Platina, Mercúrio, Chumbo, Ferro, Cálcio, Alumínio etc.....
          Mas onde param as apreciações do homem, o olhar daquele que pôde aprender o modo de ação da natureza, não vê, nos materiais constitutivos do mundo, senão a Matéria Cósmica Primitiva, Simples e Una, diversificada em certas regiões na época do aparecimento destas.
          O olhar investigador verá a multiplicidade das operações da natureza e se não admitir a UNICIDADE DA MATÉRIA, impossível será explicar somente os Sóis e as Esferas, mas até a germinação de uma semente na terra ou a produção de um inseto.
          Se observa grande diversidade na Matéria.
          Ilimitado as forças que hão presidido às suas transformações.
          Ilimitado também as varias combinações da Matéria.
          Logo, quer a substancia, pertença aos fluidos, aos corpos imponderáveis, certo é que não há, em todo o UNIVERSO, senão uma única substância primitiva: O COSMO OU MATÉRIA CÓSMICA UNIVERSAL.

0 comentários:

Postar um comentário