PENSAMENTOS

Prece inicial

Primeiro momento: distribuir aos evangelizandos pedaços de papel celofane, em formato de coração, de diversas cores (preto, vermelho, amarelo, azul, transparente). Pedir que eles andem pela sala, olhando através do papel colorido, dizendo baixinho como se sentem, olhando o mundo através daquela cor. Após alguns minutos, as crianças devem trocar os pedaços de papel com os colegas, diversas vezes, até que todos tenham observado a sala com todas as cores de papel.

Segundo momento: indagar aos evangelizandos:

Enxergaram bem com todas as cores?

Era mais fácil de ver com alguma cor? Por quê?

Com qual cor gostaram mais? Por quê?

Terceiro momento: O evangelizador deve ajudar os alunos a concluir que era difícil enxergar através do preto, que tudo parecia triste; que através do amarelo as coisas pareciam ter cores que não possuem; que quanto mais escura a cor (vermelho, azul), mais difícil de ver; que através do papel celofane transparente era possível perceber melhor os objetos, os outros papéis coloridos e a expressão dos colegas. A idéia é comparar as cores com os sentimentos que temos: preto - tristeza; vermelho - euforia, agitação; azul claro - calma; transparente - paz, harmonia - melhor maneira de ver as coisas.

Quarto momento: explicar que os papéis celofanes são em forma de coração simbolizando que cada pessoa vê a vida e o mundo conforme os sentimentos que possui. Por isso as pessoas percebem de diferentes maneiras as mesmas coisas, como se cada uma olhasse através de uma folha colorida diferente.

Quinto momento: lembrar a importância do pensamento e das palavras, modos como expressamos os sentimentos que temos no coração. O pensamento positivo é um hábito que se adquire praticando. Através do pensamento é que se originam nossas atitudes, por isso a importância dos pensamentos otimistas. Pensamentos negativos, pessimistas, são como lixo: poluem a mente e o corpo, ocasionando sensações ruins.

Mas como ter pensamentos bons? Procurando ver sempre o lado bom das coisas, escolhendo coisas construtivas para fazer, leituras edificantes, brincadeiras e conversas positivas (sem fofocas, brigas, brincadeiras de guerra ou filmes de terror); estando em sintonia com a Espiritualidade Superior através da prece, sendo otimista. Perante as dificuldades nossas atitudes devem ser de fé e confiança em Deus, crença em si mesmo (nas capacidades que possuímos), oração e vontade de agir corretamente.

O SAPO E A FLOR

SAPO E A FLOR...

Numa floresta muito grande e cheia de bichos, habitavam várias famílias de animais.
Desde insetos e até mesmos leões com suas leoas e filhotes.Todos cuidavam de suas vidas e da comida também. Os macacos eram os mais alegres, pois estavam sempre brincando e pulando de galho em galho, como se fosse uma festa.Os pássaros regiam a orquestra, pois entre tantos gritinhos, urros e barulhos dos bichos parecia mesmo uma grande orquestra.
Estava um dia o sapo tomando seu banho de sol, quando ouviu que lhe dirigiam a palavra.Logo abriu seus olhinhos procurando quem com ele estaria falando!
Eis que vê uma linda flor cor-de-rosa cheia de pintinhas...
Assim estava dizendo ela: - Nossa que coisa mais feia! Nunca vi um bicho tão feio!
- Que boca tão grande, que pele tão grossa...
- Parece até uma pedra, aí parada, sem valor nenhum.
- Ainda bem que sou formosa, colorida e até perfumada.
- Que triste seria ser um sapo!!!
O sapo que tudo ouvia ficou muito triste, pois sempre que via a flor, pensava:
- Que linda flor, tão perfumada, que cores lindas, alegra a floresta!
Mas a flor agora havia se mostrado dizendo tudo aquilo do sapo.
De repente surge o gafanhoto saltitante e vê a flor, mas não o sapo.
A flor, quando o percebeu, ficou tremendo em seu frágil caule. Meu Deus, que faço agora?
Vocês sabem que o gafanhoto gosta de comer as pétalas de qualquer flor que encontre, e ela seria assim sua sobremesa...
O sapo, quietinho, quietinho, não se mexeu, e quando o gafanhoto se aproximou da flor, nhac... o alcançou com sua língua.
A flor que já se havia fechado, pensando que iria morrer, abriu-se novamente não acreditando no que havia acontecido.
Mas dona árvore que desde o início a tudo assistia, falou muito energicamente e brava lá do seu canto:
- Pois é dona flor, veja como as aparências enganam.Tenho certeza que a senhora gostaria mais do elegante e magrinho gafanhoto. No entanto, veja como ele teria sido tão mau com a senhora!
Às vezes pensamos e dizemos coisas sobre nossos semelhantes que não são verdadeiras. Precisamos tomar muito cuidado com o que falamos, sabe por que?
- Não - dizia a flor ainda tremendo de susto.
- Todos nos somos diferentes, de formas diferentes, e até pensamos diferente.
- Você sabe que existem também outras formas de se falar?
- Não. Não sabia - disse a flor espantada com a sabedoria da árvore.
- Pois então minha pequena, da próxima vez que for falar de alguém, pense antes, pois este alguém poderia ser você.
- Agora agradeça ao seu amigo sapo o favor que ele lhe fez, e também conte aos outros o que aprendeu aqui hoje.
Com sua vozinha fraca a flor disse ao sapo:
- Meu amigo, você é, realmente, amigo. Agradeço-lhe ter me salvado do gafanhoto e prometo que nunca mais falarei de ninguém.
- Aprendi a lição e dona árvore me ensinou também.
Todos os bichos que estavam assistindo bateram palmas.
E assim amiguinhos, aqui fica a lição: somos todos iguais. Existem bons e maus, mas podemos escolher de que lado vamos ficar.....

Marlene B. Cerviglieri

PARA PINTAR: